sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

Um Livro por Dia.

Um livro por dia. Sem tempo para falarmos de cada um, não queremos deixar de completar o nosso calendário do advento. No próximo ano, voltaremos a eles.

15. Ivo Neto, Arquiteto


Ivo Neto, Arquiteto, com texto de Andrea Beaty e Ilustrações de David Roberts, edições ASA.

16. Não é Nada Difícil 


Não é Nada Difícil, de Madalena Matoso, Planeta Tangerina.

17. Há Um Tigre no Jardim


Há Um Tigre no Jardim, de Lizzy Stewart, ed. Fábula.

18. Capitão Coco & O Caso das Bananas Desaparecidas


Capitão Coco & O Caso das Bananas Desaparecidas, de Anushka Ravishankar e Priya Sundram, Orfeu Negro.

19. O Gigante Secreto do Avô


O Gigante Secreto do Avô, de David Litchfield, Booksmile

20. O Museu em Pijamarama



O Museu em Pijamarama, de Michael Leblond e Frédérique Bertrand, Kalandraka


21. O Mundo de Arturo



O Mundo de Arturo, de Roberto Parmeggiani e João Vaz de Carvalho, editora NÓS

22. Rio Acima


Rio Acima, de Vanina Starkoff, Orfeu Negro.


quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

14. Desenho Livre


Andrés Sandoval já não é um desconhecido entre nós. Siga a Seta!, com texto de Isabel Minhós Martins e ilustrações suas, foi publicado pelo Planeta Tangerina há cerca de sete anos. Agora, a editora volta a publicar um livro seu,  Desenho Livre.


A preto e branco,  esta é uma extraordinária viagem pelo mundo da cor. E é, também, um desafio à imaginação. Munidos de canetas, lápis e pincéis, abram o livro  e sigam quem por lá anda. 


Atrasados no nosso calendário do advento, 1 livro por dia, voltaremos a falar de Desenho Livre proximamente.

quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

13. Um Cavalinho entre Papoilas e Estrelas




Um Cavalinho entre Papoilas e Estrelas é o quarto de uma série de livros com texto de Manuela Castro Neves e ilustrações de Madalena Matoso, editada pela Caminho. O Elefante Diferente Que Espantava Toda a Gente, Uma Cadela Amarela e Vários Amigos Dela, O Pato Amarelo e o Gato Riscado são os anteriores.


Era uma vez... assim nos apetece sempre iniciar as histórias destes livros, que tanto sucesso fazem junto dos mais pequenos. 
Era uma vez um cavalinho que vivia no prado, rodeado de amigos: a ovelha lanuda, a vaca pançuda,  a cabrinha saltuda, o coelho orelhudo, o gato patudo , o pato penudo. 
Todos os dias, depois das habituais  brincadeiras,  o cavalinho dava o seu passeio até ao prado seguinte, parava na vedação de madeira que o delimitava e regressava. Mas, um dia, o sonho falou mais alto e o cavalinho saltou a vedação, cavalgando o ar.

Passou ao lado de balões 
e de aviões, 
de águias e de faisões,
de papagaios de papel,
duma fadinha com olhos cor de mel, 
dum pássaro cinzento,
dum chapéu de palha levado pelo vento, 
de muitas bolinhas de sabão, duma pena da cauda de um pavão, 
dum enorme bando de pardais.


De tanto cavalgar, adormeceu, profundamente, numa nuvem. Quando despertou, foi dali que observou o céu e os seus mistérios. Lua, arco-íris, Ursa menor, Ursa Maior... Tantas e tantas maravilhas! Mas acabou por ficar preso naquela nuvem e entre tudo o que viu e sonhou, o tempo passou... 


Escrito em prosa e em rima, o texto de Manuela Castro Neves é de uma incomensurável riqueza. As ilustrações de Madalena Matoso acompanham a viagem de forma exemplar. A leitura em voz alta permite ver olhos esbugalhados e bocas abertas de espanto. Ninguém parece querer deixar de cavalgar esta aventura, vivida entre o céu e a terra.. Muitas vezes.
Voltará o cavalinho a saltar a vedação, rumo ao céu, ou ficará pelo prado livremente, na companhia dos amigos? Uma viagem a não perder neste  Natal. 

segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

12. Allumette. A Menina dos Fósforos com quem queremos passar o Natal


No mês em que Tomi Ungerer festejou 86 anos, a Kalandraka trouxe para Portugal mais um livro deste grande autor, Allumette. Uma extraordinária versão do conhecido conto de Andersen, A Menina dos Fósforos. Foi publicada, pela primeira vez, em 1974, mas poderia bem ter sido agora.


O conto de Andersen é o espelho do pior da humanidade. Crueldade, indiferença, ganância... Entre a opulência e a miséria, todos guardamos um pouco da  tristeza  do fim que coube em sorte a uma das meninas mais conhecidas do universo infantil. 


Peixe na água, Ungerer agarra na história e, com um respeitoso agradecimento a quem o antecedeu, transforma-a numa intensa  e notável crítica social, tratando de arranjar um final bem diferente para a sua protagonista. Assertivo, irónico, mordaz q.b., ou não falássemos de um dos "subversivos da Literatura Infanta-Juvenil ".



Allumette continua a vender fósforos, mas os isqueiros já foram inventados. Continua a ser uma menina sem pais, sem casa, a vestir-se de farrapos, a vasculhar o lixo à procura de restos... Às portas do Natal, continua a ser ignorada por uns e escorraçada por outros.
 

Mas, desta feita, o milagre acontece! E um milagre pela mão de Tomi Ungerer só pode ser algo de genial. Tudo o que a menina desejou e a vida lhe sonegou começa a chover do céu, tornando-a dona de uma gigantesca pilha de objectos. Mas não se fica por aqui. O acontecimento revela-se susceptível de transformar os mais cruéis, de desafiar políticos insensíveis e oportunistas, de incomodar ricos e bem instalados...


Allumette não esquece todos os desprotegidos da sorte e é com eles que decide partilhar o que lhe cai do céu. Os aleijados e os coxos, os que passavam fome e frio, os novos e os velhos, os sem-emprego, os sem-alegria, os doentes, os cegos e os loucos começam a chegar.


- Este desfile de gente repugnante que se esqueceu a que lugar pertence é uma vergonha para a reputação da nossa cidade! - gritou o presidente da Câmara


As espectaculares ilustrações, num registo inconfundível, não deixam nada por contar. A expressividade dos personagens, a paleta de cores fortes e intensas a que já nos habituou, o uso aqui e além de vinhetas, a prolífera riqueza dos detalhes que conta outras tantas histórias... Este é um livro para todos os Natais. Os Hipopómatos há muito que são fãs da agora presidente da Fundação Mundial da Luz sem Fósforos. E vocês?

sábado, 16 de dezembro de 2017

11. Poemas para As Quatro Estações


A musicalidade do texto pede-nos que se leia outra vez. E mais outra. A delicadeza das ilustrações pausa-nos os olhos em cada página. Voltamos a ser meninos no aconchego de um livro que também podia podia chamar-se poemas para todas as infâncias.


Nenhuma estação do ano faz sentido sem as restantes. Bom mesmo é sabermos contemplar a beleza de cada uma delas - essa espécie de poesia de que nos apercebemos não só com os sentidos, mas, sobretudo, com o coração.
Pode ler-se na contracapa do livro Poemas para as Quatro Estações, recentemente editado pela Máquina de Voar, com texto de Manuela Leitão e ilustrações de Catarina Correia Marques.



Cheiros, sabores, aves, árvores em flor...atravessam as estações destes poemas, trazendo-nos à memória pedacinhos da infância. Na Primavera, acompanhamos o passeio com o avô, esperamos a chegada da andorinha, escutamos o cuco...



O traço delicado e elegante das ilustrações, com o preto a espraiar-se em fundo branco e os apontamentos de cor que sempre associamos a cada estação em destaque, completam-se na perfeição com a versatilidade e a riqueza de cada poema. 
Um livro de que gostamos muito. Mas, claro, somos suspeitos... A Catarina faz parte da Casa. São da sua autoria as imagens dos nossos Hipopómatos. Festejámos a rigor o seu regresso à ilustração.



Desculpe,
Posso fazer-lhe o pedido?...
Traga-me um dia comprido,
Em copo alto, de vidro,
Com gelado, insetos e flores.

O Outono é  tempo de passeios pelas serras, de árvores caducas, de castanhas... E de leituras em família, acrescentamos nós.


Menino, vai à janela
E abre-a com mil cuidados:
Deixa que entrem os sonhos,
As sementes, os medronhos,
Os mochos, os cogumelos,
As nozes e os veados.



Comi uma romã,
De pernas para o ar.
Será por isso que me estou a apaixonar?



É o Inverno a chegar. Percorram o livro com as crianças. Demorem-se em cada estação. É uma doce leitura para as noites de Natal!  

quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

10. A Minha Mãe



Mãe coragem, mãe guerreira, mãe selvagem. Mãe amor, mãe força, mãe jardim em flor. Mãe coração, mãe protectora, mãe liberdade... A todas elas nos conduz o olhar da criança que nesta história fala da sua mãe, um ser misterioso e único, capaz de absorver toda a sua admiração.

A minha mãe tem o coração entre o sol e a noite. 

A Minha Mãe,  recentemente editado pela Orfeu Negro, com texto de Stéphane Servant e ilustrações da suíça Emmanuelle Houdart, é uma homenagem bela e sublime a todas as mães.


Uma descrição singular, poética e intensa, que percorre igualmente as emoções e os sentimentos  que atravessam a relação única entre mãe e filha. 


A mãe que vamos conhecendo é, a um tempo, forte e frágil, aventureira e protectora, mãe e mulher.

Eu espero e não consigo evitar estremecer ao pensar que ela talvez não volte.

Um texto poético e pleno de metáforas a que se juntam as não menos metafóricas e deslumbrantes ilustrações de Houdart, que nos enche de alegria ver por cá. 



A minha mãe tem no coração uma loba escondida. Que às vezes, no verão, a faz cantar e dançar em negras florestas.

Um livro que se traduz numa abordagem única desse amor infinito que conhece sempre o caminho de volta. Que fala, a uma só voz, de amor e de inquietude. Um hino ao amor materno. Vivam as mães!

segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

É Natal, é Natal! Há tesouros a chegar!

8. João e Mais Oito, Um Livro Para Contar


Há livros que nos acompanham há tanto tempo... Quase nos esquecemos que nunca os lemos em português! Depois, há um dia em que chegam e somos inundados por uma onda de felicidade. E sim, festejamos! Muito! 


Os dois livros de Maurice Sendak, agora publicados pela Kalandraka, acompanharam certamente o crescimento de muitas gerações desde os anos 60, altura da sua primeira publicação. O que faz deles pequenos tesouros é o facto de continuarem, hoje, a encantar as crianças que têm o privilégio de os abrir.


Aprender a contar ou a soletrar as letras do alfabeto na companhia de Sendak, poder rir a cada página com o humor inteligente das suas deliciosas ilustrações, é algo a que todas as crianças deviam ter acesso. 


João, rapaz amante de sossego, vê-se subitamente invadido por uma quantidade de criaturas sem medo que lhe transformam a casa num autêntico caos. De 1 a 10, os inusitados visitantes vão surgindo ao ritmo de cada dupla página. De forma rimada, o rato, o gato, o cão, a tartaruga, o macaco... esgotam a paciência do pequeno, até então absorto na leitura de um livro. 


Mas João não vai em conversas e não se deixa intimidar por toda aquela prole que jamais seria capaz de convidar. 
Sabem o que tenho em mente? Vou contar de trás para a frente...
Desta feita, por ordem decrescente, sem se fazerem rogados, voltam a sair todos os que não tinham sido convidados. De porta fechada, a leitura é, finalmente, retomada. Bravo, João!

9. Vida de Crocodilo, Um Alfabeto


Foram muitas as vezes que brincámos ao alfabeto de Sendak. Chegámos mesmo a fazê-lo aqui.  À boleia desta simpática e divertida família de crocodilos, as crianças fazem uma visita guiada pelas letras do alfabeto.


Com frases curtas, a irreverência de mestre Sendak passeia-se, pincelada de subtilezas, ao longo das ilustrações. Esta pode não ser uma família muito tradicional, mas é, seguramente, uma daquelas que os miúdos adoram imitar. Todos juntos, Fazem a festa e Gozam à grande.


Estes são os dois primeiros livros de uma série que viria a ser distinguida pela Associação
de Bibliotecas Americanas e adaptada pelo própio autor para o musical Really Rosie de 1975. 


Verdadeiramente vaidosos, já estamos à espera dos próximos que nem uns gulosos!

sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

Hipopómatos em Festa!



A Casa dos Hipopómatos comemora, este fim de semana, o 2º aniversário! Sábado e domingo, das 11 às 19h, vamos ter  histórias, workshops, actividades várias & livros a preços hipopomatizados. Consultem a agenda e venham! Estamos à vossa espera.