sexta-feira, 15 de dezembro de 2023

Há Festa na Casa dos Hipopómatos

Susa Monteiro
 























Este fim de semana, a Casa dos Hipopómatos celebra o seu 8º aniversário. Sábado e domingo, das 11 às 19H, estaremos à vossa espera. Sempre em festa!


quinta-feira, 23 de novembro de 2023

As Casas das Coisas

 











As Casas das Coisas | João Pedro Mésseder e Rachel Caiano | Caminho


Apresenta-se como um livro de prosas pequeninas que desafia a pensar, e onde a diversão e a poesia dão as mãos. À primeira vista, parece pensado para gente pequena. Mas o leitor conhecedor dos seis livros desta série sabe que não é assim. A escrita méssederiana não tem idade. Já aqui escrevemos, a propósito do autor, que a sua escrita intensa e plena de sentidos é um ponto de encontro entre pequenos e grandes leitores. 























Talvez por falarem  de coisas de todos os dias, os pequenos livros  desta série albergam  o leitor vagarosa e prazenteiramente, impelindo-o a pensar.  Sobre as coisas, sobre a vida. Afinal, esse é o objectivo do autor . As metáforas povoam-lhe o universo, apresentando-se envoltas em subtileza. Assim como algumas das casas que encontra para as coisas.

A casa da luz eléctrica será a escuridão? 

E a areia sem-abrigo terá ela casa? 

Os livros possuem segunda habitação, de férias? 























A delicadeza das ilustrações de Caiano, parceira em todos os livros da série iniciada em 2012, guia-nos por todas estas casas por onde vamos entrando. Com o traço  genuíno e puro a que já nos habituou, as páginas vão revelando uma imensa cumplicidade entre imagens e texto. Uma harmonia que respira liberdade. À semelhança do vento que é casa para o cavalo. 


 





















Quando é que a bruxa má perde a casa? Será, sem dúvida, uma questão que os mais pequenos gostarão de deslindar. Tal como as casas da Lua, da chuva, dos pássaros... Enquanto isso, nós, leitores mais velhos, vagueamos por este universo, reflectindo sobre outras casas.  Como a triste casa do Pai Natal ou a casa que a areia sem-abrigo não tem. Até porque quando iniciámos a viagem, a pergunta já nos ocupava a cabeça : Haverá coisa ou pessoa que não precise de casa, casinha ou casarão?

























É neste livro de prosas pequeninas que encontramos  as outras casas. Aquelas que não são. É também em prosa que o leitor é convidado a construir a sua casa. O poeta, esse, já ergueu a sua. Com sólidos alicerces de poesia. 

















Este sábado, damos casa ao escritor João Pedro Mésseder e à ilustradora Rachel Caiano que virão apresentar As Casas das Coisas, trazendo consigo as guitarras e toda uma parafernália de instrumentos musicais. Estão todos convidados.

quinta-feira, 16 de novembro de 2023

Feijão e a Avó





Feijão e a Avó | Karen Hesse e Charlotte Voake | Orfeu Negro

 

Esta é uma história de cumplicidade entre avó e neto que encantará os leitores mais pequenos. Uma cumplicidade tão forte que resiste até às condições adversas do tempo. Ainda que o dia se apresente sombrio e ventoso, os dois aventuram-se numa ida à praia. E quem não gostará de, fora de época, chegar a uma praia vazia, procurar conchas, fazer castelos na areia, fugir das ondas ou correr pelas dunas? 




Uma narrativa predominantemente visual atravessada por um mar em tons cinzas e castanhos que evidencia o dia sombrio e ventoso.  Espraiando-se na imensidão das duplas páginas, nele sobressaem as figuras dos dois protagonistas. As cores fortes da indumentária de avó e neto, por contraste com as cores pálidas do cenário, captam a atenção do leitor assim que a história se inicia. Os confortáveis agasalhos que vestem dizem-nos que são daqueles que não se deixam intimidar pela chuva dos dias. 



A cumplicidade entre os dois é óbvia. Não precisam de muito para se divertir. Fazer castelos de areia, brincar com a espuma, observar os pássaros... podem ser entretenimentos maravilhosos. Ainda que molhados, atravessar as dunas e vencer "alguns perigos" pode tornar-se uma daquelas sensações que perduram e se tornam memórias indeléveis da infância.

 

O curto texto em rima ajuda à toada deste passeio à beira-mar, que se revela, ao mesmo tempo, destemido e saborosamente relaxante. Pelo que já conhecemos desta avó, sabemos que ela jamais se esqueceria da cereja no topo do bolo. O descanso merecido é acompanhado de uma pausa para um lanche, onde não faltam as bananas e uns apetitosos bolinhos que deixam o leitor com água na boca.



E como estes são os dias que muitos de nós aproveitam para passear os amigos de 4 patas na praia, pelo meio, Feijão ainda ganha novos amigos. As magníficas ilustrações de Voake transmitem-nos a imensidão do mar e das emoções experienciadas pelo menino. Na praia de enormes dimensões, habitada por pássaros indiferentes ao tempo e pelas poucas pessoas com que se cruzam, o passeio à beira-mar é algo de único. À semelhança dos laços e das cumplicidades entre avó e neto.



Este é um dia que vai ficar na memória do pequeno Feijão. Um dia repleto de emoções, de sensações indizíveis que não caberão todas nas conchas que leva consigo, mas que terão lugar cativo no seu coração. Aventurem-se, a praia é mesmo grande.

quinta-feira, 9 de novembro de 2023

Obrigado, Avó Omu!

 






















Obrigado, avó Omu! | Oge Mora | Fábula

A generosidade, o espírito de partilha e a gratidão são os pilares desta história construída pela autora como uma homenagem à sua avó. Vencedor, entre outros prémios, da Caldecott Medal, o livro encerra uma deliciosa e bela abordagem da vida em comunidade, da proximidade com os outros e do altruísmo. Mora já nos tinha encantado com Sábado, um livro de que falámos aqui























A figura da avó que cozinha um guisado vermelho, convicta de que vai ter o melhor jantar de sempre, os traços de bondade evidenciados no rosto,  a panela de enormes proporções e o livro que vai lendo enquanto a comida se apura prendem o leitor no inicio do livro, não o libertando mais. É com água na boca que seguimos o magnífico aroma que ultrapassa o espaço circunscrito da casa, invade todo o bairro e não deixa ninguém indiferente.























Talvez por isso, o leitor não se surpreenda quando um pequeno garoto bate à porta indagando sobre tão delicioso cheiro, MMMMM. Com uma panela de tão grandes dimensões, a avó Omu não teve dúvidas em partilhar com o pequeno o seu guisado. Com ele  e com todos os que lhe viriam bater à porta. Claro que só mesmo uma criança poderia desbravar este caminho, sucedendo-lhe, entre outros,  uma polícia, um vendedor de cachorros-quentes, um lojista, um taxista, um médico, uma atriz, um advogado, uma bailarina, uma pasteleira, uma artista, um atleta, e até a presidente da câmara! Com todos, Omu partilhou o seu delicioso guisado vermelho.
























Com uma estrutura repetitiva,  a autora deixa que o leitor antecipe o que lhe pode trazer a página seguinte, mas aguça-lhe a vontade de, sempre que batem,  abrir a porta de casa da avó e conhecer cada uma das personagens que se atreveu a seguir o delicioso aroma. E esta inteligente proximidade que cria com os leitores, colocando-os dentro de casa da avó, faz-se tanto com o texto como com as deliciosas ilustrações. A técnica da colagem predomina no universo de Mora e tal como em Sábado, o recurso a papéis padronizados, texturas e a recortes de livros antigos atravessam todo o livro.  O mesmo acontecendo com a diversidade racial e cultural, uma marca nos seus livros.























Depois de tanto a ver partilhar, e quando o corrupio de gente à porta termina, o leitor  não consegue deixar de sentir a tristeza desta avó, que é também já sua, quando  ela percebe que na grande panela não sobeja nada. Fazemos nossa a desilusão estampada no rosto de Omu por já não ter nada para comer daquele que iria ser o seu melhor jantar de sempre. Mas, mais uma vez, o leitor quer ficar lá por casa e festejar o grande e gratificante final que Mora encontrou para a sua história. A avó Omu teve o melhor jantar da sua vida e nós, leitores,  um livro para saborear e cheirar muitas vezes.


quinta-feira, 2 de novembro de 2023

Todos e Cada Um de Nós



 






















Todos e Cada Um de Nós | Liisa Kallio | Lilliput

A temática é recorrente e necessária. Vivemos um tempo em que urge conversar com os mais novos sobre a forma como ocupamos o nosso lugar no mundo e como nos relacionamos com os outros. O respeito pela diversidade será sempre tema inacabado.










Depois de termos vivido uma pandemia e de assistirmos ao escalar de duas guerras, contar o mundo aos mais pequenos é, hoje, mais complexo. Mostrar-lhes que todos contamos, todos somos importantes e podemos fazer a diferença é outra história. E essa pode ser bem contada. De forma simples e genuína, é o que faz esta autora finlandesa. Kallio oferece-nos um livro com uma paleta suave e desenhos feitos, predominantemente, com lápis de cor. Os mais pequenos conseguirão, sem esforço, identificar-se com as personagens que assomam a cada página, com os seus gostos e comportamentos. 























Uns gostam de balouçar, outros de jogar à bola, outros de dançar... Há quem goste de ler livros, há quem goste de se espreguiçar. Somos todos diferentes. E cada um de nós é único. Todos experienciamos os mesmos sentimentos e estados de alma. Umas vezes estamos felizes, outras tristes. Às vezes zangamo-nos, outras fazemos as pazes. Todos temos medos e, em determinados momentos,  todos somos corajosos. Afinal, somos todos parecidos. 














A conclusão é óbvia, mas nem por isso pacífica. Somos todos seres a viver no planeta terra, debaixo do mesmo sol e da mesma lua. Todos contamos. Pequeninos, médios e grandes. Acreditamos que crescer com estas histórias, aprendendo a respeitar e a aceitar a diversidade, seja um importante contributo para que possamos ter um mundo mais justo, com lugar para todos e onde a única coisa que se queira matar seja a guerra. Todos (contamos) e cada um de nós (é importante).

segunda-feira, 23 de outubro de 2023

Por Exemplo, uma Rosa



Por exemplo, uma rosa | Ana Pessoa e Madalena Matoso | Planeta Tangerina


Um livro pode ser muita coisa. Tanta coisa! Por exemplo, uma casa. É quando temos vontade de habitá-lo uma e outra vez. Queremos explorar cada compartimento até sentirmos que conhecemos os “cantos à casa”. Ou não. Porque, às vezes, o desafio é tão grande que por mais voltas que demos lá dentro, fica a certeza de restar sempre alguma coisa por descobrir. Então voltamos.






Por exemplo, uma Rosa é um desses livros. Dezenas de objetos, de formas e de palavras povoam as páginas como se o mundo ali coubesse. Coisas, animais, plantas, astros, tudo o que se vê e não se vê. São-nos familiares. Há uma consonância perfeita entre palavras e imagens, ambas distendidas pelas duplas páginas como se de um “open space”  se tratasse. E depois chegamos a essa dupla em branco apenas preenchida com palavras. Todas distintas entre si. Porquê estas, perguntará o leitor. O desafio já está lançado, mesmo que ainda não se tenha apercebido. 








































O pensamento já se passeia por ali, ávido de discernir o que o livro pode querer de si. Mas este não dá tréguas. Há toda uma parafernália de coisas nas páginas que estão por abrir. As que giram e rodam, as que abrem e fecham, as que vão e vêm. Também há as que picam e cortam, mas dessas ficamos a saber que a autora não gosta delas. Qual o sentido de tudo isto, continuará o leitor a interrogar-se.









































Entre coisas que voam e coisas que caem todas têm um nome. As que se veem e as que não se veem, as que existem, as que já pertencem a um tempo passado, as que ainda estão por vir. Há aquelas em que podemos pegar, outras que só imaginamos, as que podemos observar, as que podemos cheirar... 

Mas qual o sentido destas coisas? Por exemplo, uma rosa. A palavra rosa é uma rosa? E se fizermos um desenho de uma, o desenho é uma rosa? Podemos oferecer a palavra rosa? E quantas pessoas com o nome Rosa conheces? Sim, as palavras designam as coisas. Mesmo as que não conseguimos ver. Por exemplo, o teu pensamento enquanto vives dentro deste livro. 








































Há muitas coisas diferentes com o mesmo nome. Por exemplo, cão. Sabes quantos tipos de cães existem? E também já reflectiste sobre o tamanho das palavras?  Há de todos os tamanhos. Até há palavras pequenas que designam coisas grandes e palavras grandes que são nomes de coisas pequenas.. Já pensaste nisto tudo? Sim, é desafiante. Tão desafiante quanto dizerem-te que podes ser tu, leitor, a escolher um fim para este livro. Sabendo, de antemão, que esse fim não é o fim. 























Diferente     surpreendente     único     fantástico     marcante     imperdível  
São muitas as palavras que poderíamos usar para designar este livro. Ana Pessoa já nos habituou à sua “arquitectura” de linhas desafiantes, originais, subtis, inteligentes e envolventes. Por exemplo, uma pessoa. O nome é uma pessoa? Neste caso, uma dupla pessoa?
As ilustrações de Madalena Matoso não deixam nada ao acaso e no seu estilo inconfundível, com uma paleta de cores fortes e quentes, vai contribuindo para transformar esta casa num verdadeiro espaço de aconchego. 
É bom que te prepares, leitor, porque há por aqui muito para fazer. E não é só brincar com as palavras e as imagens ou com os seus significados. Também não será só dar nome às coisas ou entrar nos jogos e desafios. Há muito para ver, para descobrir, para cheirar, para imaginar...
Afinal, um livro é um livro é um livro é um livro.



quarta-feira, 18 de outubro de 2023

A Pequena Família



A Pequena Família | Sesyle Joslin e John Alcorn | Kalandraka


A chegada desta família merece ser festejada! O livro remonta aos anos 60, mas é intemporal. A capa transporta-nos para um  tempo que sabemos não ser o nosso, criando desde logo no leitor uma imensa vontade de iniciar viagem. Muito por culpa das brilhantes e coloridas ilustrações do grandioso John Alcorn.























Com os mais pequenos como destinatários, são quatro as histórias que Joslin aqui conta. Têm em comum uma estrutura acumulativa, vivendo da repetição e acrescentando uma ou duas novas palavras a cada virar de página. Cores, números, alimentos... Os mais novos encontram aqui um palco privilegiado para  aprender de forma bem divertida. No final, ainda dispõem de um glossário bilingue de português-inglês.





Para os leitores mais crescidos,  sempre adiantamos que o humor presente em cada final de história não deixará ninguém indiferente. O nosso conselho é que abram o livro antes que um qualquer crocodilo o devore, uma ratazana o roa ou até que possa desaparecer por um qualquer golpe de malabarismo... Não digam que não avisámos.

quarta-feira, 9 de agosto de 2023

Ilustre Sintra, um Festival para Todos


 




















CELEBRAMOS O PODER DA ILUSTRAÇÃO E A MAGIA DE SINTRA.
O primeiro Festival de Ilustração de Sintra realiza-se entre os dias 15, 16 17 de Setembro e prolonga-se até 7 de outubro

Consultem o programa e mais informações em ilustresintra.com e nas redes sociais. Contamos com vocês! Até Setembro.

Ilustração: Susa Monteiro

Design: Catarina Correia Marques

Curadoria: Nazaré de Sousa e Renata Bueno (Hipopómatos na Lua)

Produção: Hipopómatos na Lua

Apoio: Câmara Municipal de Sintra, Cultursintra, Parques de Sintra

quarta-feira, 5 de julho de 2023

Os Reflexos da Henriqueta




Os Reflexos da Henriqueta | Marion Kadi | Fábula

Vencedor do  Prémio Opera Prima, em Bolonha, este é um livro singular sobre a temática do crescimento e da identidade. Pintado com cores fortes e apelativas, percorrer as suas páginas acarreta ao leitor a sensação de estar a visitar um qualquer museu. 




Quando um velho leão morre, o seu reflexo fica aborrecido e desocupado. As alternativas à sua volta não são tentadoras. Não lhe apetece ser reflexo de uma flor ou de um simples pato e decide partir em busca de novos ambientes.




A viagem termina quando descobre a casa de Henriqueta, uma menina tímida que não gosta da escola. Não teve dúvidas, queria ser o seu reflexo. Sem perder tempo, surpreende-a na primeira poça de água. Como num golpe de magia, a timidez da menina cede lugar à audácia.




Na escola, o silêncio e o medo de participar na aula pertencem ao passado. Henriqueta diverte-se e diverte os que estão à sua volta. O dia foi fantástico e a menina sente-se mais forte do que nunca. Mal pode esperar pelo dia seguinte. Mas não há dias iguais... e as altas expectativas de Henriqueta viriam a sair frustradas. Entre brincadeiras de feras selvagens e rugidos na sala de aula, o descontrolo foi total. Tudo somado, a pequena foi contemplada com um senhor raspanete. Só ela, claro.




A alegria do dia anterior foi substituída por alguma tristeza. Entre pensamentos, Henriqueta duvida se o reflexo de um leão será o melhor para si. A verdade é que nem é parecida com um leão. Lembrou-se, então, do seu antigo reflexo. Esse sim, parecido com ela. Depois de muito procurar, encontrou-o escondido num lugar incrível. Afinal, não é todos os dias que o reflexo de uma menina se cruza com o reflexo de um leão. O medo é compreensível...
Desenganem-se, leitores, se pensam que Henriqueta expulsou o reflexo do leão da sua vida. Haverá divertimento maior do que viver com dois reflexos? O seu próprio e o de um leão? 

sexta-feira, 23 de junho de 2023

O Pirilampo Muito Só

 


O Pirilampo Muito Só | Eric Carle | Kalandraka

Um verão sem pirilampos é algo inimaginável. Quem vive no campo e tem por hábito organizar as noites de pirilampos, sabe do que falamos. Por isso, não podia ser mais oportuna a chegada deste pequeno, cartonado e precioso livro de Mr. Eric Carle. Pouco interessa a sua idade, porque os livros de Carle são intemporais e serão sempre fantásticos companheiros de crescimento para os mais pequenos.

A história narra o voo de um pequeno pirilampo, acabado de nascer, em busca dos seus pares e do seu lugar. A cada página, o pirilampo descobre uma luz que julga ser proveniente de outros pirilampos. Mas, entre lâmpadas, lanternas, faróis de automóveis, o reflexo nos olhos de alguns animais ou até fogo de artifício, o pirilampo vai lidando com a frustração.



A noite revela-se longa e atribulada, mas o pequeno não desiste. E, claro, acaba recompensado pela sua persistência e coragem, encontrando, finalmente, os outros pirilampos. Só boas razões para levar as crianças lá para fora e deixá-las observar a noite e os pirilampos. 



A chegada de mais um livro do autor será sempre motivo de agradecimento à Kalandraka, a editora responsável pelo deleite dos mais pequenos e de todos os que são fãs da obra do mestre da cor.