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segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

12. Allumette. A Menina dos Fósforos com quem queremos passar o Natal


No mês em que Tomi Ungerer festejou 86 anos, a Kalandraka trouxe para Portugal mais um livro deste grande autor, Allumette. Uma extraordinária versão do conhecido conto de Andersen, A Menina dos Fósforos. Foi publicada, pela primeira vez, em 1974, mas poderia bem ter sido agora.


O conto de Andersen é o espelho do pior da humanidade. Crueldade, indiferença, ganância... Entre a opulência e a miséria, todos guardamos um pouco da  tristeza  do fim que coube em sorte a uma das meninas mais conhecidas do universo infantil. 


Peixe na água, Ungerer agarra na história e, com um respeitoso agradecimento a quem o antecedeu, transforma-a numa intensa  e notável crítica social, tratando de arranjar um final bem diferente para a sua protagonista. Assertivo, irónico, mordaz q.b., ou não falássemos de um dos "subversivos da Literatura Infanta-Juvenil ".



Allumette continua a vender fósforos, mas os isqueiros já foram inventados. Continua a ser uma menina sem pais, sem casa, a vestir-se de farrapos, a vasculhar o lixo à procura de restos... Às portas do Natal, continua a ser ignorada por uns e escorraçada por outros.
 

Mas, desta feita, o milagre acontece! E um milagre pela mão de Tomi Ungerer só pode ser algo de genial. Tudo o que a menina desejou e a vida lhe sonegou começa a chover do céu, tornando-a dona de uma gigantesca pilha de objectos. Mas não se fica por aqui. O acontecimento revela-se susceptível de transformar os mais cruéis, de desafiar políticos insensíveis e oportunistas, de incomodar ricos e bem instalados...


Allumette não esquece todos os desprotegidos da sorte e é com eles que decide partilhar o que lhe cai do céu. Os aleijados e os coxos, os que passavam fome e frio, os novos e os velhos, os sem-emprego, os sem-alegria, os doentes, os cegos e os loucos começam a chegar.


- Este desfile de gente repugnante que se esqueceu a que lugar pertence é uma vergonha para a reputação da nossa cidade! - gritou o presidente da Câmara


As espectaculares ilustrações, num registo inconfundível, não deixam nada por contar. A expressividade dos personagens, a paleta de cores fortes e intensas a que já nos habituou, o uso aqui e além de vinhetas, a prolífera riqueza dos detalhes que conta outras tantas histórias... Este é um livro para todos os Natais. Os Hipopómatos há muito que são fãs da agora presidente da Fundação Mundial da Luz sem Fósforos. E vocês?

terça-feira, 21 de outubro de 2014

O Sapato, a Lagartinha e os Miúdos



Meninos e meninas, vamos jogar? Um jogo simples, divertido e original proposto por  Mestre Tomi Ungerer. Descobrir, em cada página, onde está o sapato perdido. 


Bem ao jeito  dos mais pequenitos, esta  é uma fórmula simples e eficaz de lhes estimular a curiosidade e avivar a sua perspicácia visual, levando-os a esmiuçar cada imagem até encontrar a forma do sapato.     


Oh, está aqui!  Uma frase que repetem a cada descoberta, sempre acompanhada de um misto de surpresa e contentamento. A seu lado, deleitamos-nos com a possibilidade de os ver crescer em tão boa companhia!



Repetimo-nos e agradecemos mais uma vez à Kalandraka. Ainda que possa ser tardia, para nós, a chegada de mais um livro de Tomi Ungerer é sempre uma festa!


Festa e mais festa! Já deram os parabéns à lagartinha muito comilona pelos seus 45 anos? 



Sim, não parece ter tanta idade! Mas a verdade é que A lagartinha muito comilona, de Eric Carlenasceu há quase meio século e continua a ser  um dos livros mais amados de sempre!

Para comemorar o 45º aniversário deste clássico que ninguém dispensa ter em casa, a Kalandraka brindou-nos com uma deslumbrante  edição especial. Desta feita, a lagartinha chega-nos  em formato ampliado  e com capa lenticular, evidenciando as metamorfoses do bicharoco.


Uma edição de luxo que é um prazer folhear! Por causa do tamanho,  chegámos a  pensar fazer obras... Mas depois de muitas mudanças e andanças, a lagartinha já está dignamente instalada!


E nós bem mais felizes! Venham festejar também. 
::: os Hipopómatos têm para oferecer ::: 
Com a amável colaboração da Kalandraka, um exemplar de cada um dos livros.
 :: Para se candidataram ::
Basta deixar aqui, até à meia noite de sexta-feira,
um comentário sobre qualquer um dos livros.
E, claro, ser seguidor dos Hipopómatos!



quarta-feira, 12 de março de 2014

Temos para oferecer

Com a amável colaboração da Kalandraka, um exemplar do livro Adelaide, de Tomi Ungerer. 


:: Estas são as regras ::
- Ser seguidor dos Hipopómatos 
- e referir um livro desta editora de que gostem muito. 

: O vencedor :
Até às 24 horas de Sexta, todos os seguidores podem participar, deixando aqui um comentário.
O vencedor será anunciado no dia 17, segunda-feira. 

Venham até cá, adoramos oferecer livros! 
Boa sorte!

segunda-feira, 10 de março de 2014

Adelaide

Mr. Tomi Ungerer está de volta! Adelaide já voa por tudo o que é livraria.



Nasceu diferente. Os pais ficaram espantados quando viram que a filha tinha asas. Coincidência  ou não, os aviões e os pássaros fascinavam Adelaide.




Um dia, decidiu voar e, "à boleia" de um piloto que por ali passava, conheceu o mundo. Fez sucesso, porque um canguru voador não é coisa que se veja todos os dias.



Depois, percebeu que chegara a altura de estabilizar, ou melhor, de aterrar. Escolheu Paris, muito provavelmente pelo facto de a cidade luz ter muitas estátuas com asas.


Paris abriu-lhe as portas e Adelaide tornou-se conhecida no mundo do espectáculo. Mas a verdadeira fama só chegou quando, num acto de coragem, salvou a vida de duas crianças e se tornou uma heroína.



Uma história com "cheiro" a fábula, em que a protagonista sabe dar o melhor uso às  asas com que nasceu. Apesar das diferenças, a nossa heroína  constrói o seu caminho e afirma a sua identidade. Colecciona amigos e procura o amor. Quando o descobre, faz tudo o que está ao seu alcance para ser feliz. E foi!  



As delicadas ilustrações, em tons sépia e azul, não nos deixam esquecer a suavidade de alguns dos primeiros livros de Ungerer (o mesmo sucede em alguns dos The Mellops, de que falámos aqui) e o forte contraste com a evolução da sua obra. Uma fase onde as heroínas ainda pontificam. Quem não se lembra de Críctor, essa corajosa serpente? 




Considerado por muitos um "clássico", Adelaide decidiu agora voar até Portugal. Desta feita, à boleia da Kalandraka. Nós agradecemos, porque este é o canguru que todos queremos ter em casa! 
Para quem não conhece o Tomi Ungerer Museum e gosta de visitas virtuais,  aqui fica o link .

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Tomi Ungerer

Fog Island, o mais recente livro de Tomi Ungerer, foi uma das nossas escolhas. Enquanto não falamos dele, podem sempre ver e ouvir um pouco da  genialidade de Mr. Ungerer! 


  


sábado, 7 de dezembro de 2013

FOG ISLAND

Há livros obrigatórios? Há. Fog Island, o mais recente livro de Tomi Ungerer é um deles. É a nossa escolha de hoje.


Dia 1- Virginia Wolf, Kyo Maclear e Isabelle Arsenault, Éditions de la Pastèque.
Dia 2 - Jane, le renard & moi (versão francesa), Isabelle Arsenault e Fanny Britt, La Pastèque. 
Dia 3 - MAMÃ, Mariana Ruiz Johnson, Kalandraka. 
Dia 4- O SENHOR PINA, Álvaro Magalhães, desenhos de Luiz Darocha, Assírio & Alvim.
Dia 5- THE DARKLemony Snicket e Jon Klassen, Orchard Books.
Dia 6- O livro do ano, Afonso Cruz, Editora Objectiva.
Dia 7- FOG ISLAND, Tomi Ungerer, Phaidon.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Tomi Ungerer

Escritor, pintor, escultor, designer, ilustrador, cartoonista, inventor, surrealista, activista político, defensor de causas (...) feroz moralista e "moldador de mentes infantis". 

Num brilhante artigo sobre a vida e a obra de Tomi Ungerer, em 1999, The Guardian elencava-lhe desta forma as múltiplas facetas. Mais do que a colecção de diamantes  Elizabeth Taylor, acrescentava.


Provocador, irreverente, rebelde, mordaz, cáustico... 
São apenas algumas adjectivações indissociáveis do Homem  que molda igualmente o universo da literatura infantil. Para Ungerer não há temas proibidos para a infância. As crianças devem saber que o mundo está povoado também de coisas más e estar preparadas para elas.


Os Mellops marcaram-lhe o inicio da viagem pela literatura infantil, com estrondoso êxito. Flix foi um marco e Ungerer viu o seu trabalho reconhecido da melhor forma, recebendo em 1988 o prémio Hans Christian Andersen.
É dele, o último livro editado pela Bags of Books, O Homem da Lua.


Este é um magnífico álbum ilustrado. A sua maior grandeza é a intemporalidade.


A componente de crítica social e a finissíma mordacidade, em momento algum  nos permitem esquecer quem é o seu autor.  Este é um livro que só Ungerer poderia ter escrito.


Um dia, o Homem da Lua decide vir à terra para se divertir. O acontecimento seria certamente merecedor de comemoração, não fora o ilustre visitante ter sido recebido por um "comité de inteligentes" e ter acabado preso.


Numa conjugação de esforços, generais, políticos, homens comuns transformam-lhe a  passagem por aqui num verdadeiro inferno. 


Perante o desconhecido, o diferente, assistimos àquilo a que em linguagem infantil se poderia chamar o desfile de  uma parada de "tótós"... 


Entre muitas outras coisas, Ungerer  já foi Embaixador para a Infância e Educação e também eleito  um dos "500 world leaders of influence". Em Novembro, fez 80 anos. Diz estar a trabalhar em mais de uma dezena de projectos. Que bom, dizemos nós!
Ainda criança, viu a professora escrever sobre ele, "This boy is perverse and subversive".
Haverá mais como ele?