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sábado, 16 de dezembro de 2017

11. Poemas para As Quatro Estações


A musicalidade do texto pede-nos que se leia outra vez. E mais outra. A delicadeza das ilustrações pausa-nos os olhos em cada página. Voltamos a ser meninos no aconchego de um livro que também podia podia chamar-se poemas para todas as infâncias.


Nenhuma estação do ano faz sentido sem as restantes. Bom mesmo é sabermos contemplar a beleza de cada uma delas - essa espécie de poesia de que nos apercebemos não só com os sentidos, mas, sobretudo, com o coração.
Pode ler-se na contracapa do livro Poemas para as Quatro Estações, recentemente editado pela Máquina de Voar, com texto de Manuela Leitão e ilustrações de Catarina Correia Marques.



Cheiros, sabores, aves, árvores em flor...atravessam as estações destes poemas, trazendo-nos à memória pedacinhos da infância. Na Primavera, acompanhamos o passeio com o avô, esperamos a chegada da andorinha, escutamos o cuco...



O traço delicado e elegante das ilustrações, com o preto a espraiar-se em fundo branco e os apontamentos de cor que sempre associamos a cada estação em destaque, completam-se na perfeição com a versatilidade e a riqueza de cada poema. 
Um livro de que gostamos muito. Mas, claro, somos suspeitos... A Catarina faz parte da Casa. São da sua autoria as imagens dos nossos Hipopómatos. Festejámos a rigor o seu regresso à ilustração.



Desculpe,
Posso fazer-lhe o pedido?...
Traga-me um dia comprido,
Em copo alto, de vidro,
Com gelado, insetos e flores.

O Outono é  tempo de passeios pelas serras, de árvores caducas, de castanhas... E de leituras em família, acrescentamos nós.


Menino, vai à janela
E abre-a com mil cuidados:
Deixa que entrem os sonhos,
As sementes, os medronhos,
Os mochos, os cogumelos,
As nozes e os veados.



Comi uma romã,
De pernas para o ar.
Será por isso que me estou a apaixonar?



É o Inverno a chegar. Percorram o livro com as crianças. Demorem-se em cada estação. É uma doce leitura para as noites de Natal!  

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Cinco Pais Natais E Tudo O Mais




Cinco Pais Natais de chocolate, revestidos com papel de prata de cores garridas, apareceram em cima da mesa da sala de jantar do André.


Mais do que saber como foram lá parar, importa esclarecer que, apesar de gostar muito de chocolate, o André decidiu que eram bonitos demais para comer. Optou, isso sim, por brincar com eles. Os “brinquedos de chocolate” até vinham a calhar, já que, por causa de uma grande constipação, o médico lhe recomendara que permanecesse em casa até ficar sem tosse.


Mas a vida nem sempre corre como a planeamos. Já o rapaz se preparava para iniciar a brincadeira com os bonitos e reluzentes pais natais quando ouviu:

- Ó André,
então como é?

Cinco Pais natais bochechudos e barrigudos
e nenhum trenó?

Quem assim falava era a avó.


Os cinco trenós acabaram por chegar. Como chegaram igualmente outros intervenientes num movimentado e engraçado desfile familiar. Entre primos, tios, renas e outros animais, muitas são as contas que aqui se fazem, sempre a multiplicar.


Um delicioso texto de Manuela Castro Neves que, fluindo entre a prosa e a rima, acaba por piscar o olho às lengalengas, tão do agrado dos seus destinatários.  O uso da técnica repetitiva e a sonoridade que lhe está associada completam o êxito desta divertidíssima história junto de pequenos e grandes leitores. 


As ilustrações de Maria Bouza parecem assentar como uma luva no texto, enquadrando-o de forma perfeita, quer através da escolha da cor do fundo de cada página, quer no equilíbrio alcançado entre palavra e imagem. Uma paleta sóbria, onde os tons vermelhos e verdes esbatidos nos fazem reviver o espírito do Natal. 


Um Natal que se vai preparando nos pequenos grandes detalhes. Onde, nem o habitual Perú deixa de comparecer. Só que, nesta história, o animal não se deixa comer... 


Recentemente "editados" pela Máquina de Voar, Cinco Pais Natais e Tudo o Mais podem revelar-se presentes especiais. E não só para o André.