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sexta-feira, 23 de junho de 2023

O Pirilampo Muito Só

 


O Pirilampo Muito Só | Eric Carle | Kalandraka

Um verão sem pirilampos é algo inimaginável. Quem vive no campo e tem por hábito organizar as noites de pirilampos, sabe do que falamos. Por isso, não podia ser mais oportuna a chegada deste pequeno, cartonado e precioso livro de Mr. Eric Carle. Pouco interessa a sua idade, porque os livros de Carle são intemporais e serão sempre fantásticos companheiros de crescimento para os mais pequenos.

A história narra o voo de um pequeno pirilampo, acabado de nascer, em busca dos seus pares e do seu lugar. A cada página, o pirilampo descobre uma luz que julga ser proveniente de outros pirilampos. Mas, entre lâmpadas, lanternas, faróis de automóveis, o reflexo nos olhos de alguns animais ou até fogo de artifício, o pirilampo vai lidando com a frustração.



A noite revela-se longa e atribulada, mas o pequeno não desiste. E, claro, acaba recompensado pela sua persistência e coragem, encontrando, finalmente, os outros pirilampos. Só boas razões para levar as crianças lá para fora e deixá-las observar a noite e os pirilampos. 



A chegada de mais um livro do autor será sempre motivo de agradecimento à Kalandraka, a editora responsável pelo deleite dos mais pequenos e de todos os que são fãs da obra do mestre da cor.

quinta-feira, 18 de março de 2021

Quando Eric Carle e Anthony Browne nos visitam ... É uma festa!















Há muito tempo que queríamos receber esta mensagem secreta em português! A Mensagem Secreta de Aniversário de Eric Carle, agora editada pela Kalandraka, é um livro que nos acompanha há muitos anos e que faz as delícias dos mais pequenos. Já perdemos o conto às vezes que pomos os mais pequenos a ajudar o Tim a decifrar a misteriosa mensagem que lhe foi deixada debaixo da almofada na véspera do seu aniversário. E, claro, a encontrar o presente a que ela conduz.












Carle oferece-nos uma aventura partilhada entre o rapaz da história e os pequenos leitores que, não só têm de decifrar as enigmáticas pistas como percorrer todo o caminho envolto em mistério. A viagem faz-se de noite, por entre estrelas, morcegos e grutas, mas os possíveis sobressaltos são esquecidos assim que Tim e a pequenada encontram o presente de aniversário.

















Cartonado e de pequeno formato como pedem as mãos dos seus destinatários, o livro reserva-lhes, ainda, a surpresa de as páginas se apresentarem recortadas com a forma do objecto que representam. Num livro que teve a sua primeira aparição nos anos 70, as formas geométricas e a orientação espacial são, como sempre, introduzidas com grande sabedoria pelo mestre da cor. Inspirem-se e deixem por aí algumas mensagens para a criançada decifrar pela casa toda.









































Não é uma estreia, mas a reedição de um dos livros de Anthony Browne de que mais gostamos merece que o festejemos. Pela Floresta é uma das viagens mais deliciosas e incríveis que podemos fazer floresta dentro. Ainda que a capa e as primeiras páginas nos revelem que o protagonista da história é um rapaz, quase não necessitamos abrir o livro para saber que ele nos remete para o universo da Capuchinho Vermelho. 




O magnífico inicio de história parece traduzir-se num presságio de que algo está para acontecer. O pai não está em casa e essa separação não é do agrado do rapaz. O que se segue é-nos familiar. A a avó está doente e a mãe pede que lhe leve um bolo. Para chegar a casa da avó há dois caminhos possíveis. O mais longo, que demora séculos, e o mais curto, pelo meio da floresta. A mãe, obviamente, disse-lhe para ir pelo caminho mais longo e seguro. Não que o rapaz fosse desobediente, mas como queria estar em casa quando o pai chegasse,  aventurou-se pela floresta. 

























Browne conduz-nos por uma floresta repleta de mistério, plena de detalhes e metáforas visuais. O lobo andará, certamente, por lá, mas quem o rapaz dos sapatos vermelhos encontra, a cada virar de página, são personagens bem nossas conhecidas de outros contos. O preto e branco eleitos pelo autor adensam o mistério, a inquietude e o medo do rapaz que acaba por chegar a casa da avó não só com os simbólicos sapatos vermelhos com que saiu de casa, mas também com um casaco de capuchinho vermelho com que se cruzou no caminho. Curiosos? 





Para os que ainda não conhecem a história,  esta é a altura em que devem agarrar nas crianças, abrir o livro, percorrer a floresta, enfrentar os medos e corajosamente entrar em casa da avó...


segunda-feira, 16 de março de 2020

A Pequena Semente. Uma história feita de perseverança


A Pequena Semente, de Eric Carle, fez a sua primeira aparição pública em 1970. Mas, foi nos anos 80, que a versão que agora chega a Portugal pelas mãos da editora Kalandraka se celebrizou, inspirando muitas outras histórias sobre o ciclo de vida das plantas.



O livro é um relato vibrantemente colorido e ilustrado sobre a vida de uma pequena semente ao longo das estações do ano. Bem mais pequenina que todas as outras, também ela é levada pelo ar pelo vento forte do outono. Mas será que consegue acompanhar as outras sementes?


A travessia do mundo revela-se uma árdua viagem, repleta de perigos e obstáculos. Uma das sementes é queimada pelos raios quentes do sol, outra afoga-se no oceano, outra é comida por um pássaro... E a pequena semente? Não é tão rápida como as outras, não consegue voar tão alto quanto elas, mas é lutadora e determinada. E tem os leitores a torcerem por ela.


Quando o vento se vai embora e as sementes caem no chão, adivinhamos-lhe o tempo de crescimento. Mas os perigos continuam à espreita. Uma delas é comida por um pássaro, outra, por um rato esfomeado... E a pequena semente? 
Oh, pequenina, é praticamente invisível... E conhece bem a arte de ficar quieta quando é necessário.


Os perigos persistem mesmo quando as sementes se tornam plantas. Uma é pisada por um pé mais distraído, outra é colhida para ser oferecida. E a pequena semente? Oh, ainda nem começou a crescer. Mas, todos nós, leitores, continuamos a torcer por ela! 



O recurso à técnica da colagem, a  profusão de cores fortes e quentes, o texto simples,  mas simultaneamente portador de uma força quase dramática, tem encantado várias gerações de leitores. Com a chegada do Verão, a pequena semente transforma-se numa flor gigante, admirada por todos. Depois, o ciclo renova-se...


Em tempos difíceis como os que vivemos, esta é, também, uma história de perseverança. A pequenina semente sai vencedora de uma luta travada com perigos gigantescos. Uma história com final feliz, capaz de mostrar aos mais pequenos que todos conseguimos vencer os perigos, por maiores que eles nos pareçam.
Agarrem nos miúdos, no livro,  numas quantas sementes e deitem as mãos à terra. Pode ser no jardim, no quintal, na varanda ou até em casa, em simples vasos... Batizem a vossa flor, ponham a criançada a inventar nomes, e observem o crescimento. Os Hipopómatos já semearam e chamaram-lhe Flor de Carle.

terça-feira, 9 de outubro de 2018

Gigantescas pequenas coisas I




Que bom é regressar de férias, olhar para os últimos meses do nosso mercado editorial e, em jeito de balanço,  pensar que há um bom número de razões para os mais pequenos sorrirem. 
São livros, senhores, são livros! E devem chamar a atenção de pais, professores e educadores porque são ferramentas maravilhosas para ajudar as nossas crianças a crescerem mais felizes.


Da Kalandraka continuam a chegar, sempre aos pares, os livros cartonados do mestre Eric Carle. De 10 Patinhos de Borracha, falámos aqui, quando, em 2014, a editora nos brindou com a chegada do livro em formato grande. Baseada na notícia de um naufrágio de uma carga de milhares de bonecos de borracha, Carle criou esta história que encanta miúdos e graúdos. Agora, chega o formato pequeno e cartonado, bem à medida das mãos pequeninas e até de uma ou outra dentada. Mas essa é também uma forma de leitura.



O segundo livro,  A Aranha Muito Ocupada, é uma estreia. Ainda que muitos anos depois da sua publicação, os mais pequenos podem, agora, festejar a chegada da simpática aranha a Portugal. Eles e nós!


A aranha parece ser o mais novo habitante da quinta, para ali levada pelo vento. Os restantes animais não resistem a sociabilizar com ela, convidando-a para passear, brincar, comer... mas tecer uma teia não é tarefa fácil e a nossa aranha tem uma vida bem ocupada.




Os animais, a cadência repetitiva, as cores fortes e brilhantes são apenas alguns dos elementos da obra deste autor com que já nos familiarizámos. Mas, cada livro de Carle reveste-se invariavelmente de um elemento surpresa que o torna único aos olhos da criança. Neste caso, o fio de seda de que é feita a teia da aranha  e a sua textura em relevo prendem não só os olhos, mas também os dedos dos pequenos leitores. 


Todos diferentes, todos iguais. São assim os bebés do mundo. Mas, independentemente do lugar onde nasçam, raça ou etnia a que pertençam, todos têm algo em comum: dez dedos nas mãos, dez dedos nos pés. 


Com frases curtas e rimadas, o texto de Mem Fox assemelha-se a um poema e é ilustrado de forma simples e magistral por Helen Oxenbury. É certo que a versão portuguesa não consegue manter, em absoluto, a mesma cadência que a original oferece, mas este continua a ser um livro delicioso que encanta pequenos e grandes leitores.


Em lugares diferentes, a um mesmo tempo, há dois bebés que nascem. Apesar das muitas diferenças, todos têm dez dedos nas mãos e dez dedos nos pés. A estrutura repetitiva cativa os mais pequenos para a contagem. Não só dos dedos como também do número de bebés que vai engrossando o grupo. Os bebés de Oxenbury, num estilo a que já nos habituou na  sua vasta obra, cativam leitores de todas as idades. E, de certo modo, fazem-nos sempre lembrar o inesquecível livro  de Jean Claverie e Michelle Nikly, A Arte do Penico. Dele  falámos aqui.


A surpresa está guardada lá mais para o final do livro, apanhando desprevenidos miúdos e graúdos. Sem que o leitor suspeite, a história tem uma narradora especial... Já o "consumimos" muitas vezes desde que chegou e a reação dos meninos é, também ela, comum:  "outra vez"!

terça-feira, 7 de novembro de 2017

Mais Um. Será?


E quando é que ele vai nascer? A pergunta é previsível sempre que os mais pequenos estão perante a evidência de se transformarem em irmãos mais velhos. A ansiedade, a excitação, a curiosidade e até alguns receios emergem de forma insistente e ritmada ao longo dos meses de espera.  Nunca mais! 


A chegada de um novo elemento à família é sempre uma temática interessante e rodeada de alguns cuidados para com os mais pequenos. Saber como irão reagir à partilha do seu mundo com o irmão ou irmã recém chegados é uma incógnita que começa com a espera e a gestão que dela fazem ao longo dos meses de gravidez da mãe.



Mais Um, da autoria da dupla já nossa conhecida Olalla González e Marc Taeger, que assinam a versão do conto Grão de Milho, também editada pela Kalandraka, é uma abordagem divertida, com um final hilariante. Com uma estrutura triplamente repetitiva e uma paleta de cores suave e apelativa, o livro tem os ingredientes necessários para garantir o sucesso junto dos mais pequenos.



O coelho protagonista desta história é o exemplo da mistura de sentimentos e emoções, tantas vezes experienciados pelos mais pequenos. Ao ver a mãe mais gorducha, o pequeno adivinha que a família vai crescer e a pergunta da praxe surge de imediato. A resposta da mãe - Vai nascer quando já não conseguir ver os meus pés - não parece satisfazer-lhe totalmente a curiosidade. Transbordando de entusiasmo e alegria, o pequeno coelho anuncia aos sete ventos que vai ter um irmão. Mas ao anúncio proferido perante cada um dos animais com que se vai cruzando, segue-se repetidamente a pergunta: Sabes quando vai nascer?


Dos simpáticos amigos, para quem, naturalmente, "a gordura" da senhora coelha não passara despercebida, as respostas chegam rimadas e em jeito solidário.
Às páginas destes diálogos, sucedem-se invariavelmente aquelas em que, a uma só cor, imagina as brincadeiras que poderá partilhar com o irmão. E a sequência completa-se sempre da mesma forma: com a pergunta à mãe sobre o crescimento da barriga, que não coincide com o ritmo por si desejado.
- Mamã, ainda vês os teus pés?


Num frenético vaivém, o coelho divide-se entre  as páginas onde se repetem perguntas e respostas que as crianças conseguem facilmente adivinhar. Mas, quando, finalmente, chega o tão esperado dia, a surpresa é de monta... Tanto para o pequeno coelho como para os pequenos leitores. Festejem!

E por falar em leitores mais pequenos, ERIC CARLE está de volta!


Há cerca de um ano, escrevemos aqui sobre dois clássicos de Eric Carle, Sonho de Neve e O Senhor Cavalo-Marinho, editados pela Kalandraka. Hoje, repetimos: E porque o Natal sem mestre Eric Carle não seria a mesma coisa, aí estão duas edições cartonadas e de cantos arredondados para encaixarem nas mãos mais pequenas! 


Queres brincar comigo? é uma reedição e surge, agora, em formato mais pequeno, cartonado e de cantos arredondados.
A conhecida história do pequeno rato que procura um amigo para brincar é um daqueles livros que os pequenos leitores  pedem vezes sem conta. O enigma da identidade de cada animal que vai surgindo e que só se revela a cada virar de página, faz com que as crianças entrem no jogo da adivinha e se surpreendam a elas próprias. O texto tem a assinatura de Xosé Ballesteros, que o concebeu expressamente para as ilustrações de Carle.


Da Cabeça até aos Pés é uma divertida forma de descoberta do próprio corpo e dos movimentos que com ele conseguimos (ou não) fazer. Como? Experimentem pôr as crianças a imitar os gestos de alguns animais, como a girafa ou o macaco.


Da cabeça até aos pés e ao som de muitas gargalhadas, ficarão a conhecer melhor algumas das partes do seu próprio corpo. E ainda têm acesso ao maravilhoso espectáculo de cor que só Eric Carle sabe proporcionar.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

No Natal dos Mais Pequenos


Que o Pai Natal gosta de livros, não temos dúvidas. Mas, às vezes, receamos que ele possa andar distraído. Pssst, olha quantos livros fantásticos para os mais pequenos!


Mamã Raposa, o primeiro livro da autora francesa Amandine Momenceau, recentemente editado pela Orfeu Negro, é um objecto delicado, belo e poético.


Uma espécie de jogo de escondias que se enceta entre mãe e filhos, num passeio pela majestosa floresta que o inverno já cobriu de neve. O resto, fica por conta da imaginação dos quatro "traquinas", que a mãe rapidamente deixa de ver.


Com a neve, as árvores e tudo o resto que há pela floresta, encontrá-los a todos não será tarefa fácil para esta mãe. Por isso, toda a ajuda dos leitores mais pequenos para reunir a família será bem- vinda!


Um jogo delicioso, alicerçado nos recortes (em que a autora é mestre) e nos planos com eles alcançados, permite-nos acompanhar a mamã raposa e os seus filhotes, nos esconderijos que vão  inventando, nas partidas que vão pregando e nos deliciosos caminhos que vão percorrendo. Abram as páginas da floresta e encantem-se!


E por falar em jogos, da Bruaá chegou o livro/jogo Céu de Sardas, da autoria de Inês D'Almey e Alicia Baladan. 


São muitas as histórias que se podem cruzar com a história destas duas amigas. A Sofia, que tem muitas pintinhas e a Camila que tem sardas. 


Entre pintas e sardas, o jogo preferido de ambas é andar pela pele uma da outra... a explorar! Enquanto jogam, deparam-se com números, animais, caminhos, paisagens e uma parafernália de histórias que conseguem inventar. Elas e os leitores/jogadores.


As ilustrações e a paleta de cores usada por Alicia Baladan, invocam, de certa forma, alguns jogos da nossa infância.                     


Como já vem sendo hábito, e este Natal não é excepção, a Kalandraka também pensou nos mais pequenos. O eterno e fantástico Janosch chega em forma de puzzle. O êxito junto dos seus fãs é garantido!


Para os amantes desta magnífica colecção das Imagens Que Se Animam Como Que Por Magia, chegou agora a oportunidade de visitarem Paris Em Pijamarama. Oh, que colosso é subir e descer a Torre Eiffel, iluminando-a a preceito!


E porque o Natal sem mestre Eric Carle não seria a mesma coisa, aí estão duas edições cartonadas e de cantos arredondados para encaixarem nas mãos mais pequenas! 


O Senhor Cavalo Marinho e Sonho de Neve parecem ter chegado envoltos em magia!



Sentem-se no vosso cadeirão favorito, bebam um chá quente... e divirtam-se com as crianças!