São livros ainda fresquinhos que continuam a chegar pela mão da editora Kalandraka. Duarte, uma história moral em cinco capítulos e um prólogo e Canja de Galinha com Arroz, o livro dos meses, da autoria de Maurice Sendak, completam a série de quatro pequenos livros, escritos nos anos 60, que foi distinguida pela Associação de Bibliotecas Americanas e adaptada pelo próprio autor para o musical Really Rosie de 1975.
Em Dezembro, a propósito dos outros dois, Vida de Crocodilo, Um Alfabeto e João e Mais Oito, Um Livro Para Contar, que podem ver aqui, escrevemos: Há livros que nos acompanham há tanto tempo... Quase nos esquecemos que nunca os lemos em português! Depois, há um dia em que chegam e somos inundados por uma onda de felicidade. E sim, festejamos! Muito!
Desta vez, fizemos a festa levando Sendak à escola. Duarte é a história de um pequeno rapaz insolente e mal educado. Independentemente do seu interlocutor, a frase é sempre proferida com o mesmo fervor. Tanto faz! serve para a mãe, para o pai ou para um leão feroz...
Duarte era o nome
de um certo rapaz
que tinha por hábito dizer:
– Tanto faz!
O humor sendakiano, as rimas e a impertinência do rapaz fazem de Duarte um sucesso junto das crianças. Levámos o Duarte à escola há mais de um mês e ainda hoje os miúdos se divertem a falar dele. Na sala, havia um Duarte. Quando saiu, uma das professoras perguntou-lhe se tinha gostado, ao que ele respondeu: Muito! Em menos de cinco minutos consegui ser devorado e vomitado por um leão!
Canja de Galinha é uma deliciosa viagem pelos meses do ano. Para cada mês, Sendak escreve um pequeno poema, que termina invariavelmente com a invocação do gosto pela canja de galinha. A repetição faz milagres e quando chega o final do ano, são poucos os que não se renderam já ao caldo da dita. Os nossos meninos sabem tudo isto de cor e salteado. Dizem uma vez, dizem duas vezes.
E nós dizemos: Sendak sempre!
E nós dizemos: Sendak sempre!
Quase em simultâneo, a editora brinda os mais pequenos com uma hilariante e divertida história, escrita por Jorge Rico Ródenas e ilustrada por Anna Laura Cantone.
Escrito em rima e ilustrado com o estilo inconfundível de Anna Laura Cantone, o livro arranca sonoras gargalhadas tanto a miúdos como a graúdos.
Certo, certo, é que quem passa lá por casa não parece achar grande piada às traquinices do rapaz. Foi o caso da tia Roberta, que ficou duas horas de boca aberta, do veterinário, que ficou alguns dia no armário e... e... Tenham coragem e batam à porta do Tomás!
Não faças aos outros o que não queres que te façam a ti... O que este rapaz não sabia é que as suas partidas tinham os dias contados. Afinal, não é assim tão difícil passarmos de assustadores a assustados.
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