É arquitecta, artista plástica, ilustradora e autora de diversos livros infantis. Serigrafia, escultura, desenho, colagem, carimbos, são algumas das técnicas utilizadas para contar o mundo, reinventando-o. O ano passado ganhou o prestigiado Prémio Jabuti, na categoria Livro Didático e Paradidático, com o livro Poemas Problemas. Este ano, foi a única ilustradora brasileira seleccionada para a Ilustrarte.
Cadê O Cavalo?, da colecção Carimbos, foi o trabalho escolhido para integrar a exposição de Lisboa. Com um texto simples, divertido e rimado, o leitor é desafiado página a página, a descobrir o cavalo.
O livro encantou-nos. Buscámos outras páginas sobre o seu trabalho e ficamos fãs. Por entre cavalos e felizes coincidências, hoje estamos à conversa com Renata Bueno.
Renata, o que representou para ti estares presente na Ilustrarte? Teres sido a única a ilustradora brasileira selecionada?
Pra mim foi uma grande surpresa estar na Ilustrarte. Tanta gente boa ao meu lado! Diego Bianki, Javier Zabala, André da Loba... Ilustradores que já admirava e outros que passei a admirar!
No Brasil tem muita gente boa também e espero que nas próximas edições outros nomes apareçam! Foi um reconhecimento muito importante para meu trabalho.
Como se pode dar a conhecer toda "essa gente boa"? Porque se sabe tão pouco, em Portugal, da literatura e da ilustração daí? Como tentar uma maior aproximação?
Não sei! É uma pena... Tem tanta coisa boa e bonita pra conhecer! Precisamos sim nos aproximar mais. Aprender uns com os outros. Esse ano o Roger Mello conquistou o tão importante Prêmio Hans Christian Anderson e acho que começou a mostrar pro mundo muita coisa que a gente tem de bom... Ele tem cada livro lindo!
Sim, cada livro! Para além dele, que outros nomes
consideras que marcam o universo actual da literatura infantil.
Sempre amei a Eva Furnari, com um humor delicioso que não fica velho nunca... A Tatiana Belinski tem textos que são maravilhosos... Um lindo ilustrado pelo Guto Lacaz (O segredo é não ter medo. São Paulo : Ed. 34, 2008).
Quem te tem influenciado ao longo do teu percurso?
Isidro Ferrer. Uma pessoa generosa que me ensinou e continua ensinando muito. Artistas como Bruno Munari, Louise Bourgeois, Klee... Por aqui o Augusto Sampaio, Francisco Maringelli, Edith Derdyk...
No Brasil tenho amigos artistas que trocam, ensinam... A Mirella Marino, Silvia Amstalden, Edu Marin, Laura Teixeira, Mariana Zanetti, Fernando de Almeida...
Livro 2 Cores
Como Vou?
Sinval Medina, autor e segundo pai que compartilhou comigo seus textos gostosos e juntos fizemos livros que me orgulho (João e o Bicho Papão - Cia das letrinhas) (Colecão "˜Não é a mesma coisa?" - Editora do Brasil) e já já tem um novo pela Cia as letrinhas também: Cantisapos, Histocarés e Cirandefantes - Histórias para contar e cantar". Os poemas de Manoel de Barros...
Como Vou?
Sinval Medina, autor e segundo pai que compartilhou comigo seus textos gostosos e juntos fizemos livros que me orgulho (João e o Bicho Papão - Cia das letrinhas) (Colecão "˜Não é a mesma coisa?" - Editora do Brasil) e já já tem um novo pela Cia as letrinhas também: Cantisapos, Histocarés e Cirandefantes - Histórias para contar e cantar". Os poemas de Manoel de Barros...
O que te inspira no dia a dia?
Aprendo muito com meu filho que me inspira e meu marido, companheiro, artista que admiro, me estimula e ensina.
Se tivesses de escolher um livro...
"Livro das perguntas" Pablo Neruda - Isidro Ferrer
Um escritor,
José Paulo Paes
Um ilustrador...
Sara Fanelli .
Do Livro Autorretrato, publicado em 2009.
5 comentários:
ADOREI! Afinal os Hipopómatos não vão só até à Lua. Gostei de conhecer o trabalho desta ilustradora, tem um trabalho muito interessante... mesmo.
Obrigada Hipopómatos.
Apaixonei-me pelo livro que vi na Ilustrarte. Adorei a entrevista e o trabalho de Renata.
Obrigada.
Parabéns Renata, pela entrevista e agradeço, de coração, o seu comentário sobre nós, ilustradores brasileiros. Deixo também o meu abraço a todos do blog Hipopómatos da lua. Marilda Castanha
Obrigada, Marilda. É uma honra receber sua visita por aqui! Um abraço de volta, dos Hipopómatos.
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