RAMPA é o nome do projecto que visa apoiar as autarquias na promoção de melhores acessibilidades dos espaços públicos. No âmbito desse projecto e subordinado à temática da mobilidade, surgiu O Barco de Papel.
“O pai lia o jornal no pequeno canto livre da sala. Ligava o candeeiro junto da janela em pleno dia e passava os olhos pelas boas notícias. Com as más, o rapaz fazia aviões de papel", que decidiu atirar janela fora.
Intuímos rapidamente que a produção devia ser grande e o rapaz andar numa "roda viva"... Mas os aviões não conseguiam voar! Tapetes, cortinas, móveis, paredes, tectos... os obstáculos eram muitos. Era preciso removê-los.
E foi assim que os presentes não demoraram a tornar-se ausentes e a estante se foi num instante. Pela primeira vez, a casa passou a ser vista de um lado ao outro com um só olhar e ouviram-se cantar os cantos da casa. Nunca se tinham folheado tantos livros. E a casa arejou com a brisa das folhas, com a frescura das histórias.
Nunca uma casa tão pequena fora tão grande. Pela primeira vez, toda a família coube na casa. E ninguém cabia em si de contente. Nunca na casa tinha entrado tanto ar. Nunca se tinha visto tanta coisa, abaixo dos pés e acima da cabeça. A mãe sempre dissera que as novidades têm asas. Ora, se cada um se concentrasse numa boa novidade, conseguiria voar com ela. Esta é uma história para sobrevoar obstáculos. Os que estão à nossa volta e os que estão dentro de nós.
Ah, o livro traz instruções para a construção de aviões e de barcos! Com tanta má notícia que anda por aí... isto ainda vai fazer correr rios de tinta.
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