Encontrámo-lo por acaso, mas não resistimos ao seu encanto. À medida que o líamos, a ternura colava-se aos dedos com que tocávamos as páginas. Com texto de Jo Witek e ilustrações de Christine Roussey, Les bras de papa, rien que pour moi é contado por uma pequena protagonista que nos vai revelando o seu amor pelo pai.
Sem nunca se ver a figura do pai, apenas os braços, a pequena protagonista dá conta das transformações de que estes são capazes e das viagens que lhe proporcionam. Como que por magia, tornam-se o ninho onde gosta de se aconchegar e se sente suficientemente forte para enfrentar qualquer perigo.
Presentes em todos os momentos, o seu herói é capaz das mais diversas proezas. É assim que, por exemplo, na hora da piscina, encontramos um pai barco que permite enfrentar ventos e marés. Um pai avião particular ou tapete voador que a conduz nas alturas, um pai pista de corridas onde a vitória é garantida ou um pai castelo, onde a jovem é rainha.
Um livro que, aqui e além, nos relembra o fantástico Pê de Pai, da Isabel Minhós Martins e do Bernardo Carvalho.
E porque esta é uma viagem feita de cumplicidades, os braços do pai tranquilizam, encorajam, reconfortam ou protegem, consoante as situações vividas.
Lembrando que o amor se traduz nos pequenos gestos de todos os dias.
Au pays de l'imaginaire, tout deviant extraordinaire,
Papa se transforme en ce que je veux. C'est notre jeu à tous les deux.
E porque amanha é dia do pai, relembramos algumas sugestões aqui e aqui.
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