Nasceu diferente. Os pais ficaram espantados quando viram que a filha tinha asas. Coincidência ou não, os aviões e os pássaros fascinavam Adelaide.
Um dia, decidiu voar e, "à boleia" de um piloto que por ali passava, conheceu o mundo. Fez sucesso, porque um canguru voador não é coisa que se veja todos os dias.
Depois, percebeu que chegara a altura de estabilizar, ou melhor, de aterrar. Escolheu Paris, muito provavelmente pelo facto de a cidade luz ter muitas estátuas com asas.
As delicadas ilustrações, em tons sépia e azul, não nos deixam esquecer a suavidade de alguns dos primeiros livros de Ungerer (o mesmo sucede em alguns dos The Mellops, de que falámos aqui) e o forte contraste com a evolução da sua obra. Uma fase onde as heroínas ainda pontificam. Quem não se lembra de Críctor, essa corajosa serpente?
Considerado por muitos um "clássico", Adelaide decidiu agora voar até Portugal. Desta feita, à boleia da Kalandraka. Nós agradecemos, porque este é o canguru que todos queremos ter em casa!
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