quarta-feira, 31 de outubro de 2012

O RAPAZ QUE GOSTAVA DE AVES

Hoje, fomos para a rua com O RAPAZ QUE GOSTAVA DE AVES (E DE MUITAS OUTRAS COISAS).



E passeámos por aí com o Ricardo, que já foi um menino muito preocupado porque nasceu num planeta ameaçado. Mal tinha nascido e já os pais lhe diziam,


 o que os avós confirmavam,


e os professores explicavam,


Com tanta chamada de atenção, o rapaz crescia preocupado com um mundo em vias de extinção. Mas de tanto ver o vizinho do lado viver sem a mínima preocupação, Ricardo cansou-se de tanta apreensão.


Até que um dia, num passeio pelo campo, algo o fez parar para pensar. Avistou um Guarda-Rios, uma ave que o fez pasmar.



O Guarda-Rios nunca mais lhe saiu da cabeça e Ricardo pôs-se a estudar. Como vivia, o que comia, o que o podia ameaçar...


E voltou a preocupar-se, mas desta feita, de forma mais salutar. Voltou a reciclar, a poupar...e a fazer muitas outras coisas que a Isabel Minhós Martins e o Bernardo Carvalho sabem que podem contribuir para o planeta melhorar.


Estão à espera de quê? Agarrem neste fantástico livro do Planeta Tangerina, um planeta  nada ameaçado, e vão ver os Guarda- Rios com o Ricardo. Nós fomos e voltámos, mas o rapaz continua por lá... Eh, Grande Ricardo!






sexta-feira, 26 de outubro de 2012

A Coisa Perdida

Finalmente, numa livraria perto de si!  A Coisa Perdida  foi hoje encontrada em Portugal, editada pela Kalandraka.


Este foi o primeiro álbum ilustrado de Shaun Tan. Datado de 2000, deu origem ao filme homónimo, que venceu o Óscar De Melhor Curta Animação em 2011. O filme pode ser visto aqui.


Uma história para quem tem coisas mais importantes com que se preocupar é o subtítulo que revela, bem cedo, o humor com que o autor faz a abordagem a um mundo que  a evolução tecnológica tornou cinzento, infestado com a terrível maleita que é a burocracia e povoado de gente apática e desinteressada. 


É ai que este  rapaz, um "sobrevivente" que ainda se passeia no meio da praia à procura de caricas para a sua colecção,  avista a coisa, cuja presença não parece ser notada por mais ninguém. Não acham estranho?
                                          

Então, olhem bem para a dimensão da coisa, para  o seu aspecto bizarro, que ora lembra uma panela a vapor, ora se aparenta com um caranguejo, e atentem na "discreta" cor da dita!


Depois de passar grande parte do dia a brincar com ela, o rapaz não tem dúvidas de que a coisa está perdida. Sentindo pena dela, tenta encontrar uma solução. As reacções de indiferença dos adultos a quem pede ajuda têm tanto de absurdo quanto de hilariante. Na verdade,  nada parece suficiente para os resgatar do marasmo em que parecem mergulhados. 


Em casa do rapaz, a sorte da coisa não é diferente. O amorfismo reinante apenas é interrompido para a mandar de volta porque "tem os pés nojentos"...



E nem mesmo o seu amigo Pete, que tem opinião sobre tudo, consegue encontrar uma solução, concluindo que "há coisas assim... perdidas, simplesmente".  Só mesmo este anúncio de jornal parece apontar uma solução...


Feito em cima de folhas de antigos livros técnicos, como compêndios de álgebra, de cor sépia,  com imagens de toda a espécie de maquinetas e coisas obsoletas, o livro está magnificamente  ilustrado. Os tons  de ferrugem e cinza completam as imagens de um mundo sem magia, onde os adultos  se mostram demasiado ocupados com o vazio do quotidiano.


Como em todos os livros de Shaun Tan (de quem falámos aqui e aqui), é nas ilustrações que encontramos os detalhes  e as subtilezas imprescindíveis  à integral compreensão da obra.

E também muitos dos elementos intertextuais que sempre enriquecem a sua obra. É o caso desta ilustração, em que Shaun  invoca um dos ícones da pintura australiana, Collins St, 5p.m, de autoria de John Brack. 


 Já andam à  procura dela? Nós, pelo sim pelo não,  já começámos a coleccionar caricas...


terça-feira, 23 de outubro de 2012

Os Primeiros Contos do Mundo


Porque os Hipopómatos adoram histórias decidiram reunir, à volta da mesa, gente  que goste de falar sobre elas.  Falar, contar ou, simplesmente, ouvir. 
Em Novembro, iniciamos 4 sessões à volta dos Primeiros Contos do Mundo, com o escritor e contador de histórias, Rodolfo Castro. Venham até cá!


domingo, 21 de outubro de 2012

MANUEL ANTÓNIO PINA (1943-2012)




 O país das pessoas de pernas para o ar.


Onde viviam Gigões e Anantes.


E um Sábio Fechado na sua Biblioteca.


O sábio sabia quantas estrelas há no céu e quantos dias tem o mundo. Conversava com os animais e com as plantas e conhecia o passado, o presente e o futuro. Até sabia que um dia, hoje, a esta hora...


 as pessoas se juntavam todas para pensar em ti.

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

O Ganso Gastão


Quem nunca pensou em ser diferente de todos os outros? Fazer coisas impossíveis e ser capaz de dominar o mundo?


O ganso Gastão, personagem que dá nome a este livro, persegue esse sonho, numa enumeração de frustrações que o assolam, dada a sua condição de ganso.



Ele quer pendurar-se de cabeça para baixo e bater asas como um morcego, deslizar como um pinguim, esticar-se bem alto como uma girafa e até nadar debaixo de água como uma foca.



Mas quando Gastão tenta rugir como um leão, rapidamente percebe que foi uma má escolha.  As suas capacidades vão ser postas à prova. Quem lhe valerá? Os outros gansos, claro está.


O anonimato e a igualdade passam a ser uma vantagem.


Claro que, por vezes, sabe bem furar as regras.


O álbum está repleto de animais bem representados pela expressividade das ilustrações, muito simples e altamente coloridas. As características de cada um são evidenciadas no decorrer da narrativa e o leitor mais precoce apreende novos conceitos relacionados com o mundo animal.



Petr Horáček, de quem já falámos aqui, assina este livro, com um traço muito pessoal que viaja pelo mundo da ilustração marcadamente colorida e representativa do imaginário infantil.

Editado pela Caminho, na fascinante colecção Borboletras, O Ganso Gastão é uma boa introdução à obra deste autor, de quem aguardamos, salivando, mais trabalhos publicados em Portugal.


quarta-feira, 17 de outubro de 2012

A preto e branco

A leitura é simples. Vamos a isto.
A noite é preta.
A neve é branca.

O gato é preto.
O leite é branco.

O pássaro é…  bom, já perceberam!
A magia deste livro é incrementada pela forma como as páginas se vão tornando cada vez mais pequenas. À medida que se folheia, cria-se um padrão listado a preto e branco, que culmina num simpático... Adivinham o que é? Preparem-se para a surpresa.

De Petr Horáček, What is black and white?


Fica aqui este belo petisco, para abrir o apetite. Voltamos já, com mais Petr Horáček.

domingo, 14 de outubro de 2012

Mar

Hoje fomos à pesca. Os peixes eram lindos!


Havia um mar... de gente, ali para as bandas do Chiado, mesmo à porta d' A Vida Portuguesa.


Tudo por causa de outro MAR, de autoria destes dois marujos, Ricardo Henriques e André Letria. Com o alto patrocínio do Pato Lógico, o animal que faz livros.


E onde há peixe... não falta pregão, pois claro.


No final, ainda pescámos este magnífico exemplar, que já está a marinar para ser "devidamente cozinhado"aqui.