quarta-feira, 23 de outubro de 2019

Ponham as Mãos nos Livros! Big Bang, diz o Planeta Tangerina


A rentrée do Planeta Tangerina fez-se em dose dupla. As Mãos e os Livros. Que Dança Esta. Que Festa! com texto de Isabel Minhós Martins e ilustrações de Madalena Matoso é o mais recente livro da colecção Cantos Redondos. Os tais. Livros em papel, mas interativos e digitais. 


Nós já andámos por lá a navegar. E enquanto o barco não chegava, os dedos puseram-se a tamborilar. Nas palavras, que nos fazem sentir em casa, e nas ilustrações que nos desafiam, a cada página, a entrar no livro. Uma fantástica homenagem à leitura, ao acto de ler e ao livro, em tudo o que ele pode dar ao leitor.


Porque os livros que falam de livros nos fascinam. Primeiro, avançámos com uma mão, que em determinados momentos, nos pareceu uma tenaz. Percorremos as prateleiras e, quando demos por nós, já o tínhamos agarrado com as duas mãos. Tateámos e cheirámos cada página, ouvimos os sons, fomos tocados pela ventania, dançámos...entrámos na festa!


Sabíamos ao que íamos, já que na contracapa se pode ler:
É isto um livro.
Esta coroa, esta arca,
este bebé recém-nascido,
este vaso tremelicante
feito para andar de mão em mão,
este mapa por onde se passeiam
impressões digitais
de todos os tamanhos
de todos os tempos 
E lugares.
Esta festa!
Levem as crianças até lá para que deixem as suas impressões digitais. É desses gestos que se fazem os pequenos grandes leitores.


Hei, Big Bang! (Ninguém disse que era fácil) com texto de Isabel Minhós Martins e ilustrações de Bernardo P. Carvalho é o segundo livro editado pelo Planeta Tangerina.

Esta é a história de Big Bang, um cavalo que se sente desassossegado, mas desconhece a razão.  Alguma coisa o incomoda, mas ele não sabe o quê. Ter-se-à esquecido de algo importante?


Big Bang decide-se por um passeio até à beira-mar, na esperança de que isso lhe avive a memória. Mas o caminho faz-se de muitos encontros e todos eles acabam  por lhe suscitar ainda mais dúvidas... 
As ideias podem ser difíceis de ver. No início aparecem-nos como uma sombra e escorregam-nos das mãos. Mas se as deixamos correr livremente – como um cavalo corre pela praia fora – pode ser que as consigamos ver com nitidez.


As palavras de Minhós caminham harmoniosamente com as magníficas ilustrações de Bernardo Carvalho. Sentimos vontade de galopar o livro de um só fôlego. Num registo a que o ilustrador já nos habituou, cada página assemelha-se a um magistral arco-íris que deslumbra pequenos e grandes leitores. Galopem, galopem!

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