Onde é que nós íamos?| Isabel Minhós Martins, Dina Mendonça e Madalena Matoso | Planeta Tangerina
Esta é uma conversa que queremos ter. Aceitamos sem reserva o convite das autoras para, ao longo de mais de 150 páginas, dissecarmos esta temática que faz parte da essência humana: a conversa. O diálogo com o leitor começa logo na introdução, onde nos dizem que conversar é ir andando. Seguimos juntos na tentativa de criar esse espaço de liberdade para pensarmos e ouvirmos o que outras pessoas pensam.
Do que estamos a falar quando falamos de conversar? Porque gostamos tanto de conversar?
O desafio é claro, vamos experimentar. São muitas as perguntas, os exemplos, as hesitações, as interrupções, os avanços e recuos. Há conversas mais difíceis do que outras. Há pessoas com quem conseguimos falar mais facilmente. Outras nem tanto. Há conversas que nos deixam descobrir coisas boas e coisas menos boas. Umas que nos deixam felizes, outras que nos entristecem. Há conversas que correm mal. Recomeçamos?
Sim, recomeçamos. Todos sabemos que há conversas mais difíceis do que outras. Às vezes, também são como os novelos. Precisamos de desatar os nós. Mas as autoras sabem que esta conversa tem pernas para andar e, enquanto dialogam com os leitores, vão deixando sugestões de algumas ideias para manter boas conversas. Há infinitas maneiras de conversar e infinitos temas para abordar. Trocamos opiniões, aprendemos com as diferentes ideias dos nossos interlocutores, assimilamos a importância e o prazer de conversar, percorremos os imensos lugares, novos ou revistados, onde podemos chegar juntos.
Conversar faz parte de sermos humanos, e a forma como conseguimos comunicar é uma parte muito importante de nos sentirmos bem com o mundo. Conversar não resolve tudo, mas é fundamental para fazermos o caminho em conjunto
Afinal as conversas são como as cerejas. Pelo meio, são muitos os temas que vão surgindo.A paz ou a falta dela, as lutas sangrentas, as diferenças de opiniões, as inseguranças, o prazer de conversar. São vários os autores referenciados. Porque as conversas são como as cerejas. Algo que a capa de Matoso não nos deixa esquecer. Por aqui, a conversa começa mesmo antes de abrirmos o livro.