Sabíamos que é a maior feira do livro em todo o mundo. Que se realiza num recinto com uma área onde cabem 14 campos de futebol. Que, anualmente, ali estão representados mais de 100 países, distribuídos por mais de 7000 expositores... A expectativa era grande! Nas malas, levávamos espaço para o que conseguíssemos trazer e a certeza de que o fim-de -semana seria curto para ver e ouvir tudo o que queríamos!
Ainda mal dominávamos a engrenagem, já os expositores se desmontavam e as caixas e caixotes se estendiam por todo o recinto, anunciando o fechar de portas. Era Domingo, a Feira do Livro de Frankfurt 2013 ia terminar, no preciso momento em que sentíamos estar aptos a começar...
O ritmo foi tal que a visita ao convidado de honra, o Brasil, ficou para o fim! Com uma participação envolta em polémicas, o fantástico trabalho da equipa que pensou e executou este pavilhão parece ter sido das poucas coisas a reunir consenso. Ali respirava-se a história da literatura brasileira.
Todo feito em papel, o pavilhão acolhia-nos com frases, personagens ou pedaços de escrita à solta pelas paredes !
Uma magnífica homenagem aos livros! E ao tanto que eles podem fazer por nós!
Esta é uma feira em dois actos. Os três primeiros dias são exclusivos para profissionais, congregando representantes do panorama editorial de todos os cantos do mundo. Encontros, reuniões, gente que se desdobra em contactos (e contratos) múltiplos, espaço para debate, conferências, entrevistas... A coexistência do digital e do livro em papel esteve em relevo em Frankfurt.
Nos últimos dois dias de feira, as portas abrem-se ao público e os compridos corredores ficam cobertos por uma massa humana. Os mais acelerados disputam o caminho com os tapetes e as escadas rolantes. Tudo para ver as estrelas da feira, Os Livros!
É deles, dos livros, que parecem saídas as centenas e centenas de personagens que, de repente, nos surgem de todos os lados. Duendes, Piratas, Alices, Capuchinhos, Poohs & Company transfiguram o recinto num espectáculo multicolor.
A feira estende-se para o exterior, onde continua a haver um infinito número de actividades, sobretudo para os mais jovens. As iniciativas culturais parecem não acabar para os cerca de 300 mil visitantes que por ali passam.
As últimas horas são, do ponto de vista do visitante, verdadeiramente alucinantes. A maior parte dos livros é posta à venda, a preços loucos. Nem sempre o preço é igual para todos e muito depende da empatia que se cria entre quem compra e quem vende. No nosso caso, tivemos um pouco de tudo. Chegámos a duvidar do preço que ouvíamos( 2 €?), vimos o parceiro do lado comprar por metade do valor que nos tinham pedido, ficámos com uma pilha de livros oferecidos nos braços... Sem dúvida, (já nos beliscámos várias vezes) estivemos em Frankfurt e esta é uma feira de peso!
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