Oliver Jeffers/Sam Winston |
sábado, 29 de outubro de 2016
quinta-feira, 27 de outubro de 2016
André Letria nos Hipopómatos /Se Eu Fosse Um Livro
Dia 5 de Novembro, 16 horas.
Casa do Chá dos Hipopómatos, Biblioteca Municipal de Sintra.
André Letria é um nome incontornável no panorama da Ilustração e da LIJ. Ilustrador com obra reconhecida cá dentro e lá fora, dono e senhor de umas das editoras mais lógicas que conhecemos, a Pato Lógico Edições, no currículo conta já um admirável número de prémios. Recentemente, foi nomeado para o prestigiado prémio ALMA (Astrid Lindgren Memorial Award).
Felizes e orgulhosos, os Hipopómatos convidam-vos para receber o André, no dia 5 de Novembro, às 16h, na Casa do Chá e da Leitura, na Biblioteca Municipal de Sintra, onde irá inaugurar a exposição de ilustrações do livro Se Eu Fosse Um Livro e dinamizar uma oficina de escrita e criação plástica.
sábado, 22 de outubro de 2016
terça-feira, 18 de outubro de 2016
LIBERDADE E UM AMIGO INVULGAR
Olá queridos amigos! Gostava de vos apresentar o mestre Agostinho da Silva, um amigo invulgar. É assim que Liberdade, um gato, começa a contar a história do ilustre portugês que o adoptou.
Uma homenagem ao homem a ao pensador Agostinho da Silva, que sensibiliza pequenos e grandes leitores. Uma emotiva e genuína abordagem que cativa os mais novos e lhes abre a porta da curiosidade por saber mais sobre este avô que amava a liberdade e acreditava no poder das crianças.
Os adultos, esses, rendem-se ao método simples e brilhante que a linguagem do bichano encontra para falar do homem, do seu percurso de vida e do seu pensamento.
Texto e imagens coabitam numa união perfeita, para a qual contribui uma inequívoca harmonia de ocupação de espaços a cada página. A paleta de cores utilizada pelo ilustrador eleva definitivamente a sobriedade com que a história chega ao leitor, sem lhe retirar a alegria e a forma autêntica de olhar o mundo, com que as crianças tanto se identificam.
O texto rimado é, igualmente, um precioso e inteligente estímulo para despertar o interesse dos mais novos em querer saber mais sobre o homem com quem Liberdade aprendeu que é mais importante o Ser do que o Ter.
Editado pelo Arquivo-Bens Culturais, Deu-me O Nome Liberdade O Avô Agostinho da Silva, com texto de Patrícia Martins e ilustrações de Tenório, será apresentado no próximo sábado, dia 22, às 16h, na Casa dos Hipopómatos, na Biblioteca Municipal de Sintra. A apresentação será acompanhada de actividades para miúdos e graúdos. Um sábado em família, no nosso bosque encantado, é o que vos propomos. Podem ver aqui. Convite aceite?
sexta-feira, 14 de outubro de 2016
quarta-feira, 12 de outubro de 2016
Estranhas Criaturas
Na capa há algo de sedoso, que nos amacia as mãos, que nos faz querer tocar-lhe uma vez, outra e ainda outra… Uma harmoniosa sinfonia em tons de verde, aliada ao mistério do título, chama-nos, de forma irresistível, para dentro desta floresta!
A tempo de assistir ao rescaldo da festa... Um cartaz misterioso tinha atraído os animais da floresta para o evento. Todos dançaram merengue, salsa e chachachá e comeram muito bolo de chocolate! Demasiado. Por isso, tarde perceberam o engodo.
No regresso, o espanto foi total. Os animais constataram que as suas casas tinham desaparecido. Como iriam, agora, abrigar-se da chuva e proteger-se do sol? O que iriam comer?
Perdidos e incrédulos, decidiram partir em busca do que era deles, mas das suas casas só encontraram pedaços! Tentaram falar com as estranhas criaturas, capazes de tamanha crueldade, mas elas revelaram-se muito ferozes!
Sem diálogo possível, e socorrendo-se de alguma ajuda, os animais não tardaram a perceber que as estranhas criaturas também gostavam de dançar. E de festas! Amor com amor se paga e desta feita, foram elas a ficar sem casa...
Em jeito de fábula, esta é, seguramente, uma das formas mais bonitas e conseguidas de dar corpo ao velho provérbio "não faças aos outros o que não gostarias que te fizessem a ti."
Com uma força imagética estonteante, fortemente colorido sem nunca perder a harmonia, com um traço com que as crianças facilmente se identificam, o livro precisa de poucas palavras para pôr em evidência a falta de respeito que as estranhas e ferozes criaturas nutrem pelos animais, pelo seu habitat, pela natureza em geral.
Ah, o final da história? Levem os miúdos, entrem na floresta e sigam o rasto de esperança... nas estranhas criaturas.
Estranhas Criaturas, editado pela Orfeu Negro, é escrito e ilustrado pela venezuelana Cristina Sitja Rubio. Em entrevista ao blog Picturebook Makers, que podem ver aqui, a autora fala do processo de criação deste livro e do seu trabalho. Encantem-se!
sábado, 8 de outubro de 2016
terça-feira, 4 de outubro de 2016
A árvore da escola
Em tempo de regresso, abram as portas da escola e encantem-se com este magnífico livro, recentemente editado pela Kalandraka.
A árvore da escola, com texto de Antonio Sandoval e ilustrações de Emilio Urberuaga, é uma história feita de afectos. Uma história bela, que leva os leitores de todas as idades a pensar a relação com a natureza, o respeito que manifestamos pelo meio ambiente e a forma como o acarinhamos. É uma história onde cabe generosidade, espírito de ajuda, solidariedade, partilha, determinação.
No pátio da escola havia uma árvore. Só uma. Era fininha, com ramos delgados, pareciam de arame, e tinha algumas folhas secas. Pedro gostava de correr perto da árvore, mas intuía a sua fragilidade e temia chocar com ela.
Um dia aproximou-se, acariciou-lhe o tronco e viu nascer uma folha nova. A partir daí, redobrou os cuidados e o carinho dispensados à árvore e rapidamente contagiou os colegas.
A amizade estreitou-se e a própria professora, ultrapassados os receios iniciais, percebeu que a árvore deveria brincar mais com as crianças. Flores, poemas, um baloiço, uma casinha de pássaros... os mimos não paravam.
A árvore crescia e fortalecia-se na proporção do carinho e dos cuidados que recebia. A cada abraço, um ramo novo. O seu crescimento surpreendeu mesmo uns cientistas chamados "botânicos" que vieram observá-la. O veredicto foi inequívoco: aquele era um exemplar único no mundo e deveria ser tratado com muito carinho.
A árvore tornou-se forte. Pedro e os colegas construíram uma grande cabana entre os seus ramos e a professora não teve dúvidas de que a cabana era um lugar fantástico para ler. Juntos, mudaram a biblioteca para lá.
Certo dia, os botânicos voltaram porque o Pedro tinha descoberto algo que tinha nascido num dos ramos da árvore. Tratava-se de uma semente e se a plantassem, dela nasceria uma nova árvore.
O acontecimento exigia uma reunião da escola, para saber o que fazer com a semente. A decisão foi clara, todos concordaram que o melhor seria enviá-la para outra escola que não tivesse nenhuma árvore.
A acção decorre toda no mesmo espaço, o pátio da escola. Mas nem por isso deixamos de nos encantar a cada dupla página. As ilustrações de Emilio Urberuaga, que ilustrou Discurso do Urso, de Julio Cortázar, conseguem transmitir-nos, de forma simultaneamente intensa e delicada, as situações e as emoções ali vivenciadas. Acompanhamos as etapas do relacionamento das crianças com a árvore, as diversas fases do crescimento daquela, as estações do ano... Com uma paleta de cores vivas e alegres, o movimento gerado pela criançada é quase audível! Os pequenos leitores têm ainda outras descobertas para fazer...
E porque esta é uma história circular, na escola que recebe a semente, há também uma menina... Fica-nos a esperança de que as sementes cheguem a muitas escolas, colham a mesma sensibilidade por parte dos professores e que todos os Pedros e colegas multipliquem os abraços.
“A árvore da escola deste livro é o símbolo de como um projeto educativo novo e integrador, se verdadeiramente acarinhado, pode crescer e crescer, e chegar a outras escolas.”
Antonio Sandoval
Subscrever:
Mensagens (Atom)