Três com Tango chegou em tempo de férias, mas é um livro para ler em qualquer altura e em qualquer lugar. É um livro para gente miúda e graúda. É um livro para todas as famílias. Onze anos depois de ter sido publicado nos Estados Unidos, acarinhado por tantos e criticado por muitos, a Kalandraka trouxe-o para Portugal.
Baseado numa história verídica ocorrida no Zoo do Central Park, em Nova Iorque, o livro narra o dia a dia de dois pinguins machos a quem é concedida a possibilidade de constituirem uma família. Roy e Silo eram dois rapazes que faziam tudo juntos. Faziam vénias e cantavam um para o outro, caminhavam e nadavam juntos.
Observavam os outros casais de pinguins e faziam tudo como eles. Não hesitaram em construir o seu ninho de pedras. Tal como faziam os outros casais de pinguins, Roy e Silo também dormiam lá todas as noites.
Um dia, descobriram que havia algo que os outros casais de pinguins conseguiam fazer e eles não. As mamãs-pinguim punham um ovo e mais tarde nascia um bebé-pinguim. O ninho que Roy e Silo tinham feito era bonito, mas estava sempre vazio.
Uma vez, Roy levou para o ninho o que encontrou de mais parecido com um ovo. Mas era apenas uma pedra e apesar de a terem chocado com muito amor e zelo, dela nada nasceu.
Foi Gramzay, o guarda dos pinguins que há muito concluira que os dois estavam apaixonados, que lhes proporcionou a oportunidade de serem pais. O ovo era de um outro casal que já tinha chocado ovos muitas outras vezes, mas que não conseguia tomar conta de mais do um ovo de cada vez.
Roy e Silo foram pais de Tango, uma fêmea que se tornou o primeiro pinguim do Zoo a ter dois papás. A família tornou-se o centro das atenções no Central Park e nós, leitores, ganhámos um livro inesquecível.
Uma história bela, que prova que o amor fala sempre mais alto. E que, independentemente das diferenças de cada um, os laços feitos de afectos são inquebráveis. Não podemos ser todos pinguins?
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