Era uma vez uma semente de trigo que um dia se descobriu pão.
Era uma vez um pé de alfazema que um dia se descobriu perfume.
Era uma vez um pé de alfazema que um dia se descobriu perfume.
Era uma vez uma árvore que um dia se descobriu violoncelo.
Era uma vez uma menina que um dia se descobriu mãe.
Porque De Umas Coisas Nascem Outras. Estes são apenas alguns exemplos de coisas que, no tempo de todos os dias, se tornam outras coisas. João Pedro Mésseder escolheu-as, mais uma vez. Às coisas. Para nos falar de transformação, de tempo, da vida. Rachel Caiano ilustra-as magistralmente. Da harmoniosa sintonia entre a imagem e a poesia das palavras, nasce um livro singularmente belo.
À semelhança de Tudo É sempre Outra Coisa, o segundo livro desta série de que falámos aqui, o leitor pode começar por qualquer página... E encantar-se com o tanto que descobre sobre as coisas. Do mesmo modo que nos enamorámos pelo Pequeno Livro das Coisas, vencedor do Prémio Bissaya Barreto 2014, e que mostrámos aqui.
É nos dias de chuva que os poemas com sol lá dentro ganham forma nos cadernos dos poetas.
O clarinete baixo soa sempre como o instrumento mais sábio e idoso da orquestra.
No tabuleiro de xadrez desenrola-se uma batalha silenciosa.
Um livro onde há prosa que parece poesia e poesia que parece prosa.
O sapato velho: que porta-memórias!
Porque veem bem no escuro, os gatos não têm medo das suas próprias imaginações noturnas, ao contrário dos homens.
Amanhã será mesmo outra coisa! João Pedro Mésseder e Rachel Caiano estarão na Casa dos Hipopómatos para apresentar o livro. Para falar de coisas. De como de umas nascem outras. Estão todos convidados. Apareçam!
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