Um misto de arte e poesia sem destinatário específico. São assim os livros de Jimmy Liao. Escrevemo-lo aqui, em 2013, quando o autor ainda não estava editado entre nós. Voltámos a falar dos seus livros aqui, a propósito do Dia Mundial da Criança.
Seguidores incondicionais do fantástico mundo de Jimmy Liao, regozijámos-nos com o encontro entre autor e Kalandraka, a editora que o trouxe até nós em 2014. Desencontros marcou a estreia, seguindo-se-lhe Segredos na Floresta.
Recentemente chegou O Peixe que Sorria, a história de um homem que se deixa cativar por um peixe que parecia sorrir-lhe incondicionalmente. De dia ou de noite, fizesse sol ou chuva.
O homem não resiste, claro, e acaba por levar o peixe para casa. Essa é a viagem que dá inicio a uma outra, uma viagem de muitos regressos.
As histórias de Liao podem não ser fáceis, mas surgem sempre envoltas num misto de beleza e de poesia, que acaba confrontando o leitor consigo mesmo. A profundidade que transmitem parece viver uma estreita relação com a subtileza com que o autor nos faz chegar sentimentos ou estados de alma de um qualquer personagem. Que, afinal, todos poderíamos encarnar.
Aos textos curtos e portadores de uma elevada sensibilidade, junta-se a sublime mestria com que pinta sentimentos e "escancara" expressões. Tendo o azul como cor de eleição, as suas aguarelas oferecem-nos, regra geral, pedaços de arte que desejamos guardar na nossa galeria.
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