Ilustrações de Maurice Sendak
sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014
segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014
Mar... e Bolonha À Vista!
Está quase a começar a Feira Internacional do Livro Infantil de Bolonha que, este ano, tem o Brasil como país convidado. Mas essa não é a única razão para se falar português em Bolonha. Mal os prémios começaram a ser anunciados e, já um navegava até Portugal.
MAR, de Ricardo Henriques e André Letria, numa edição Pato Lógico, foi distinguido com
uma menção honrosa, na categoria Não Ficção, nos Bologna Ragazzi Awards. É caso para dizer que Portugal soma e segue... No ano passado, A Ilha (Planeta Tangerina) tinha arrecadado idêntico prémio.
MAR é uma espécie híbrida que se define a si mesmo como um actividário (actividades + abecedário). Destinado a um público infanto-juvenil, mas capaz de fazer andar à bolina, horas a fio, qualquer navegador mais experiente.
Num país que outrora foi de navegadores, "a tripulação" começa por questionar: "Se o nosso planeta tem mais mar que terra, então porque é que não se chama planeta Mar?" A resposta é curial: "Provavelmente já não vamos a tempo de mudar os dicionários e os livros de geografia, mas fica aqui a nossa homenagem a essa grande piscina tão importante para os portugueses, povo de marinheiros e comedores de bacalhau."
Ao longo de 56 páginas, este "dicionário do mar" enumera, de forma inteligente e divertida, centenas de conceitos e expressões que nos reportam ao universo marítimo.
Nem só de água, peixes, barcos, tesouros ou piratas vive o MAR... Para quem navega, há muitas outras coisas igualmente importantes, como é o caso da biodiversidade, da nafta ou da matalotagem. Outras há que não podem nem devem ser ignoradas. Exemplos? Vão lá ver, mas sempre vamos avisando: pensem duas vezes antes de chamar paspalhão a alguém, principalmente se tiver bonasvolhas...
"A alma portuguesa é o fado, tão trágica como um naufrágio", dizem os autores. E porque fado é muito mais do que bacalhau e sardinhas, não foram esquecidos poetas, escritores, cientistas ou navegadores.
Dependendo da latitude, podemos encontrar, por exemplo, Sophia de Mello Breyner, Fernando Pessoa, Camões ou Darwin, Afonso de Albuquerque ou Vasco da Gama. E, claro, nenhum MAR estaria completo sem uma referência expressa a essa figura de Moby Dick!
Eureka! Já viram uma alforreca reciclada? Pois ponham a rapaziada com "as mãos na massa" porque as instruções são claras. E quem diz alforrecas, diz barcos de papel ou oceanos em garrafas.
MAR tem um trabalho notável de ilustração e design, ou não tivesse a assinatura de André Letria! Em Bolonha, o júri pronunciou-se assim: “o design e a ilustração deste livro são o eco perfeito do tema marítimo. Tipografia e imagem estão belissimamente integradas através do uso da bicromia de preto e azul. O artista explora com eficácia os contrastes de escala. Há embarcações minúsculas a enfrentar enormes criaturas marinhas. Faróis que espalham o seu feixe de luz ao longo da página. O universo do mar está retratado em todas as suas dimensões, incluindo factos, personagens e folclore, numa experiência gráfica altamente gratificante.”
Por último, uma palavra sobre essa "página da indignação"! Pois é, o actividário tem uma lista de palavras "excluídas indignadas" que se insurgem contra o facto de não constarem deste dicionário. E nós, que somos pelo direito à indignação, aproveitamos para nos insurgirmos contra o facto de poder haver por aí quem ainda não tenha navegado o MAR destes sábios marinheiros.
sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014
terça-feira, 18 de fevereiro de 2014
365 PINGUINS
Com o frio que está não nos espanta nada que um destes dias, aqui ou ali, nos cruzemos com um pinguim.
Situação bem diferente é a desta família, a quem todos os dias tocam à campainha para entregar uma encomenda. Uma caixa contendo... não um livro mas sim um pinguim! A coisa começou às nove da manhã, no primeiro dia do ano e nunca mais parou! Um pinguim por dia!
Brincadeira? Bem, parece ter sido o pensamento inicial da família... Tanto mais que cada pinguim chega acompanhado de um bilhete, uma espécie de pista...
Já estamos em Fevereiro, é altura de fazer contas! Quando chegar o final do mês, quantos são? 31+ 28 = ?? As crianças não resistem e começam a somar.
Podem rir à vontade. Sim, é uma situação absurda, mas experimentem vocês dividir a casa com eles! Partilhar a casa de banho (haverá sítio mais apetecível, depois do frigorífico?), inalar o cheiro a peixe que tresanda pela casa, ouvir o chinfrim de que é capaz tanto pinguim... cruac, cruac...
No dia 10 de Abril, ora bem, chega o pinguim nº100. Os problemas já são mais que muitos: alimentá-los, entretê-los, arrumá-los... Enfrentar a chegada do Verão com 1?? (façam vocês as contas aí em casa) pinguins irritados, que parecem miúdos malcomportados.
A esta hora, o Tio Emílio e os pinguins já terão chegado ao Pólo Norte, mas não pensem que a vida desta família voltou a ser como dantes... Leiam, leiam! 365 PINGUINS é um livro de Jean-Luc Fromental e Joelle Jolivet e foi editado pela Orfeu Negro.
Um livro que transborda de humor, trazendo em cada caixa, para além do pinguim e do bilhete que o acompanha, uma boa dose de gargalhadas! Com uma paleta de cores azul-laranja-preto, possui uma notável disposição gráfica, levando o leitor a intuir que a desarrumação e o caos originados por tanta criatura de pata laranja obedecem a uma ordem pensada ao milímetro.
segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014
A caminho...
sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014
Livros Em Dia de São Valentim
João Vaz de Carvalho
E porque o amor anda por aí, não esqueçam que hoje é dia de oferecer um livro. Porquê oferecer um livro no Dia de São Valentim? Não encontramos melhor resposta do que a de Jackie French, prestigiada autora australiana que, associando-se ao International Book Giving Day, escreveu um magnífico texto (ler na íntegra aqui) onde podemos ler:
"A book can lead you to paradise or rebellion.
What do you give someone who has everything? A book.What do you give someone who has nothing? A book. A book can give them hope, the power to dream of what life might be".
Bom dia de São Valentim.
quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014
História de Dois Amores
Porque amanhã é dia de São Valentim.
- E não é para estar? - respondeu ele.
- Não. Eu é que podia ter motivo de
queixa de você, mas agora não tenho mais.
Tomei pílula de esquecimento. Estou tão
feliz! Quero ver você feliz ao meu lado. Sabe
de uma coisa? Descobri o amor.
Os Hipopómatos "querem ver você feliz ao nosso lado. Descobrindo o amor pelos livros." Não esqueçam o nosso sorteio. Podem ver aqui.
quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014
International Book Giving Day
A ideia é incentivar o amor pela leitura junto das crianças. E que melhor dia para o fazer que o dia de São Valentim? Pensem num local frequentado por crianças, que tanto pode ser a sala de espera de um consultório como uma paragem de autocarros ou qualquer outro que vos ocorra e deixem lá um livro. Imaginem a felicidade da criança que o encontra e que vê que o pode levar para casa... que passa a ser dela! Este é o espírito do International Book Giving Day, que se comemora dia 14. Nós já escolhemos. A Flauta Maravilhosa é o livro que vamos oferecer aqui. E vocês?
Hermenegildo Sábat
Porque os corações também se regam com Livros.
terça-feira, 11 de fevereiro de 2014
Em semana de São Valentim
mm
::: os Hipopómatos têm para oferecer :::
Com a amável colaboração da Kalandraka, um exemplar do livro Amordiscadelas, de Moni Pérez.
::: os Hipopómatos têm para oferecer :::
Com a amável colaboração da Kalandraka, um exemplar do livro Amordiscadelas, de Moni Pérez.
E porque dia 14 se comemora igualmente o Dia Internacional da Doação do Livro Infantil, um exemplar do livro A Flauta Maravilhosa, com texto de António Mota e ilustrações da nossa Catarina Correia Marques.
:: Para se candidataram ::
Basta deixar aqui, até à meia noite de sexta-feira,
um comentário sobre qualquer um dos livros.
E, claro, ser seguidor dos Hipopómatos!
Basta deixar aqui, até à meia noite de sexta-feira,
um comentário sobre qualquer um dos livros.
E, claro, ser seguidor dos Hipopómatos!
sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014
terça-feira, 4 de fevereiro de 2014
À Espera de Sendak
Nos últimos dias, temo-nos lembrado amiúde de um artigo escrito por Fátima Carvalho, em Maio de 2002, na Revista Malasartes, a propósito da obra de Maurice Sendak. Na altura, escrevia ela: “ Infelizmente, até agora nenhuma editora teve o bom gosto de publicar qualquer um dos livros de Maurice Sendak em Portugal. É pena. Os livros de Sendak são divertidos, comoventes, inesgotáveis e misteriosos. Têm dado origem a acesas polémicas e debates, acerca do que é ou não aceitável em literatura infantil. Têm enriquecido a vida de milhares de crianças que se identificam com as histórias e as personagens, mesmo se muitas delas ignoram o nome do autor.”
Militantes convictos da obra de Sendak, revíamo-nos em cada palavra. Lembramo-nos de ver escrito, algures, que sem Sendak não se pode falar de literatura (infantil).
Recordamos a emoção com que vimos chegar, em 2009, Onde Vivem Os Monstros! A emoção de ler, finalmente, "O" livro em português!
Trazido pela Kalandraka, uma editora de bom gosto!
A mesma editora que nos anuncia, no seu plano editorial para este ano, não um, não dois, mas uma dezena de livros de Maurice Sendak! Não nos lembramos quantas vezes já agradecemos à Kalandraka. Por existir. Por nos fazer sonhar que há um navio carregado de tesouros que, com regular frequência, descarrega no nosso porto! Hoje, aqui fica uma "boa dezena de agradecimentos"!
Ou mesmo mais, porque somos idênticos consumidores de Tomi Ungerer! E, Adelaide, um livro com asas, já voa por aí.
Em dia de agradecimentos, um igualmente especial para a Orfeu Negro. A um catálogo com nomes como Oliver Jeffers ou Benjamin Chaud, junta-se agora Jon Klassen. Um autor de quem gostamos muito. Falámos dele aqui. Quero O Meu Chapéu chega às livrarias já dia 15.
Por cá, GÉMEO LUÍS parece ter criado mais um" desassossego para os nossos sentidos"! Reuniu vários escritores e ilustradores e convidou-os a prolongar os sonhos. Depois, juntou-os todos neste livro ou se preferirem, neste livro-caixa, livro-objecto... Pouco importa o que se lhe chame. Contaram-nos que é algo de singular e belo que preencherá o nosso imaginário. E ainda só estamos em Fevereiro! Vamos lá ler!Vamos lá ler!
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