Também nós, leitores, não resistimos ao misterioso encanto deste livro, escrito por Rodolfo Castro, ilustrado pelo mexicano Enrique Torralba e editado pela Gatafunho.
Jacinto era um bom contador de histórias. A sua voz equilibrava-se entre a serenidade e a fúria.
A final como o escritor, ele próprio, um bom contador de histórias!
Numa simbiose perfeita, o texto de Rodolfo Castro e as magistrais ilustrações de Torralba, transportam-nos numa viagem enigmática ao universo dos contos. Uma viagem feita de sonhos e de memórias, onde o imaginário e o real tantas vezes se fundem, revelando a alma do contador.
Dele se dizia sempre ter estado ali. Apenas os contos seriam anteriores a ele. E havia ainda quem afirmasse que a árvore, as casas e tudo o resto só existiam porque Jacinto as narrava.
Todos acreditavam que os seus contos seriam escutados para sempre.
De Rodolfo Castro diz-se que nasceu na Argentina e está em Portugal há cerca de quatro anos. A nós, parece-nos que sempre cá esteve. Anterior a ele, só mesmo os contos que lhe escutaremos para sempre.
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