A Volta ao Mundo em Papel | Martina Manyà | Orfeu Negro
De pequenino se respeita o papel e esta é uma magnífica forma de explicar aos mais novos como ele lhes vai parar às mãos. Com a vantagem acrescida de, em poucas páginas, terem dado a volta ao mundo e ficado a saber onde nasceu o dito.
A história divide-se em duas partes. Na primeira, os leitores ficam a saber como tudo se processa até à feitura do papel na fábrica. De forma simples e cativante para os destinatários mais pequenos, Manyà dá inicio ao processo com uma nuvem. Tudo começa nela e na chuva com que rega a árvore. Depois, é a vez do sol dar o seu contributo para o crescimento da árvore. Segue-se o corte pelo lenhador, a chegada à fábrica onde se faz a pasta de papel e, finalmente, o papel.
A segunda parte da história faz-se da viagem pelo tempo em busca das origens do papel. Texto e imagens identificam os lugares. A primeira paragem é no Egipto, onde nasce o papiro. Daí damos um salto até à China, onde começou a ser trabalhado. Os indianos e os japoneses seguiram o exemplo. Mas, durante muito tempo, este foi um segredo guardado a muitas chaves. Um dia, o papel fez a sua aparição no Norte de África e daí até à Europa foi um pulo.
A paisagem é minimalista, parecendo não querer roubar o protagonismo ao papel que se veste de branco. Esta é uma volta ao mundo que permite descobrir a origem do papel e a sua evolução, com a curiosidade de se ficar a saber que para fazer este livro de 56 páginas, se utilizaram 3500 folhas de papel com origem em florestas sustentáveis.
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