Voltámos, voltámos! Fizemos uma pausa para balançar 2012...
Um ano surpreendente no panorama da literatura infantil e juvenil já que, ao contrário do que seria expectável num tempo sombrio e triste, muitos foram os livros de qualidade que nos coloriram os dias. Cá dentro e lá fora.
Abrimos as portas de 2013 com um desses livros. De que gostamos muito!
Quando não estás aqui, sou o rei da casa.
O encontro consigo próprio e a sensação de liberdade finalmente alcançada permitem-lhe ser o rei da casa, criar os seus próprios planos, gerir o seu mundo...
Quando não estás aqui, vejo o que quero.
Quando não estás aqui, crio o meu próprio mundo
Quando não estás aqui, as tuas coisas são as minhas coisas.
As ilustrações, de traço realista, vão acompanhando a narração e revelando aos olhos do leitor as pitadas de humor com que a autora soube revestir a sua história. A paleta de cores leva-nos de volta à infância e relembra-nos sensações tantas vezes vivenciadas. Pormenores como a mancha de riscos por cima da imagem da capa ou a conversa mantida consigo mesmo ao longo das guardas, indiciam que este é um livro que não vamos esquecer.
Quando não estás aqui, há muito mais espaço.
Quando não estás aqui, não tenho que partilhar.
Mas por maiores que sejam a sensação de liberdade e o prazer de reinar, eles acabam por esbarrar na solidão.
O tempo custa a passar e à alegria inicial sobrepõe-se agora a tristeza pela falta do outro, que começa a pesar nas simples brincadeiras de todos os dias...
Com quem jogo, quando não estás aqui?
De quem me escondo, quando não estás aqui?
Quem me conta histórias, quando não estás aqui?
A quem deito a culpa, quando não estás aqui?
Por isso, o regresso... dispensa palavras.
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