Não se escreve para crianças. Teremos, apenas, idade para viver em história.
As palavras são de Mia Couto e voltam-nos à memória a cada nova história. A Água e a Águia, o mais recente livro do escritor, surge como uma fábula que pode ser habitada por todos, independentemente da idade.
As palavras são de Mia Couto e voltam-nos à memória a cada nova história. A Água e a Águia, o mais recente livro do escritor, surge como uma fábula que pode ser habitada por todos, independentemente da idade.
O começo da história incita o leitor a uma viagem pelo tempo. Os mais pequenos enchem-se de interrogações à primeira frase. Aconteceu quando ainda não era vez nenhuma.
Num tempo em que as águias eram donas do mundo e o bater das suas asas era o único ponteiro do tempo.
As ilustrações têm a assinatura de Danuta Wojciechowska, sendo esta uma parceria que os leitores já conhecem bem. Para trás estão O Beijo da Palavrinha, O Gato e o Escuro, A Chuva Pasmada, que podem ver aqui, O Menino no Sapatinho, todos publicados pela editora Caminho.
Com uma paleta de cores quentes e fortes, a ilustradora confere seu cunho inconfundível às palavras do escritor. Palavra e imagem parecem unir-se num jogo de movimento e cor, voando a um só tempo.
Numa doce toada, um texto poético conta como o voo das águias fazia ondear a água, enquanto o rio disputava o reino dos pássaros. A água é um elemento recorrente nos livros de Mia Couto. Esta não é a primeira história onde a chuva se esquece de acontecer.
Sem chuva, o rio acabou por emagrecer. Chegaram as doenças, a morte, a tristeza...
As águias souberam que tinham de fazer alguma coisa. Primeiro, começaram por comer o i do seu próprio nome e a palavra águia transformou-se em água. Depois... depois as águias e as letras chamaram a si a solução do problema.
Com uma paleta de cores quentes e fortes, a ilustradora confere seu cunho inconfundível às palavras do escritor. Palavra e imagem parecem unir-se num jogo de movimento e cor, voando a um só tempo.