Jimmy Liao, Michelle Nikly, Aaron Becker, Anthony Browne, Maurice Sendak, Sonia Sánchez, Vladimir Radunsky, Sonja Danowski, Afonso Cruz, Noemí Villamuza, Andre François.
sábado, 31 de maio de 2014
quarta-feira, 28 de maio de 2014
LÁ FORA
De 29 de Maio a 15 de Junho, todos os caminhos vão dar ao Parque. A Feira do Livro de Lisboa está de volta, na sua 84º edição. O que todos desejamos é que se encha de gente. Porque os livros, esses, já lá estão. À nossa espera.
Ao longo de mais de quinze dias, a horas diversas, a Feira torna-se casa morada de escritores, ilustradores, editores, contadores de histórias... Há sessões de autógrafos, lançamentos, animações... Na hora H ou em qualquer outra, há dezenas de boas razões para irmos até lá. Uma , duas, três... muitas vezes! Por exemplo? A Feira é lá fora!
O último livro do Planeta Tangerina também! Criado com a colaboração de uma equipa de especialistas portugueses, este livro pretende despertar a curiosidade sobre a fauna, a flora e outros aspetos do mundo natural que podem ser observados em Portugal. Lá Fora define-se como um guia para descobrir a natureza. Venham daí!
Sigam as pistas e descubram os bichos, bichinhos e bicharocos com quem dividimos a terra, a água e o ar. Escutem o vento, olhem as árvores, vejam as rochas ou, simplesmente, contemplem o céu. Mas vão Lá para Fora!
Com texto de Maria Ana Peixe Dias e Inês Teixeira do Rosário e ilustrações de Bernardo Carvalho, são 368 páginas repletas de ensinamentos fantásticos, pistas, curiosidades e propostas de actividades.
Lá Fora é, ele próprio, uma proposta irresistível. Pró menino e prá menina, para pequenos e grandes, para toda a família. Para quem vive no campo ou habita na cidade. Ou não fosse um livro com chancela do Planeta Tangerina.
Claro que é preciso algum fôlego. Façam uma pausa. Contemplem o céu ou, simplesmente, relaxem, observando as folhas das árvores.
Mas não deixem de olhar as nuvens, ver um arco-íris, observar as borboletas, molengar com os caracóis, trepar às árvores, pular muros, subir rochas...
Agarrem no livro e na família e vão à descoberta do mundo lá fora. Sigam as pistas. Nós já experimentámos. Mas temos certeza que nos vamos deixar guiar durante muito tempo. Porque adoramos seguir pistas, desvendar mistérios, aprender a linguagem de outros, conhecer tudo o que é bicho, saber distingui-los, trepar às árvores, colher
fruta, entrar na água...
Lá Fora aguça-nos a vontade de andar por aí, de espreitar aqui e acolá, de partilhar a noite com os pirilampos, de deixar que as nuvens nos toquem.
Aproveitem o fim-de-semana! As condições climatéricas não são impeditivas. Vamos apanhar uma molha e sentir o vento?
sexta-feira, 23 de maio de 2014
quarta-feira, 21 de maio de 2014
ZOOM
Nem tudo o que parece é.
É, talvez, o primeiro pensamento que nos ocorre quando começamos a ver o fabuloso livro que Istvan Banyai publicou em 1995 e que a Kalandraka trouxe recentemente para Portugal.
ZOOM é um livro só de imagens. Muito mais do que isso, é também um desafio permanente, um jogo que aceitamos jogar da primeira à última página, onde o factor surpresa é inesgotável.
O desafio consiste em adivinhar o que será cada uma das imagens que vamos vendo. A surpresa está no virar da página, quando somos confrontados com a representação seguinte que, em regra, ultrapassa a imaginação do leitor. Um livro onde cada página põe em causa a que a antecede. E tudo o que o próprio leitor possa ter pensado.
Há uma parte do desafio que cedo assimilamos. Cada imagem é apenas parte de um todo que se vai revelando nas páginas seguintes. Mas, ainda assim, a forma como esse todo se agiganta e nos surpreende não nos permite estar suficientemente preparados para as descobertas futuras.
Porque a imagem da página virada era apenas uma parte do cenário que nos é revelado na outra, e na outra, e... em ZOOM não há certezas. Apenas a de que a página subsequente deitará por terra a que a antecedeu. Apesar disso, somos impelidos a arriscar o palpite.
Mesmo somando sucessivos falhanços, não resistimos ao prazer de jogar! A esta altura, já nos espantámos com o galo, que mais não era do que um pequeno habitante de uma grande quinta. Com as duas crianças que, de protagonistas, evoluíram, rapidamente, para mero brinquedo de outra. Com esta, que acaba reduzida a simples capa de revista nas mãos de um jovem, a bordo de um cruzeiro... Que, afinal, se revela uma ínfima parte de um cartaz publicitário exibido numa grande cidade…
O jogo desdobra-se num plano paralelo, em que pressentimos estar a ser conduzidos para um universo cada vez maior. À boleia de Banyai, iniciamos uma dinâmica viagem por diversos cantos e culturas do mundo, estando longe de imaginar o seu terminus. E muito menos, que o nosso guia tenha pensado em tudo, assegurando, desde logo, o regresso. É que ZOOM também permite uma leitura invertida, podendo percorrer-se os mesmos lugares, do fim para o princípio do livro.
O final? Ah, absolutamente fantástico! Dizemos mais, planetário! Cósmico...
sexta-feira, 16 de maio de 2014
À conversa com Renata Bueno
É arquitecta, artista plástica, ilustradora e autora de diversos livros infantis. Serigrafia, escultura, desenho, colagem, carimbos, são algumas das técnicas utilizadas para contar o mundo, reinventando-o. O ano passado ganhou o prestigiado Prémio Jabuti, na categoria Livro Didático e Paradidático, com o livro Poemas Problemas. Este ano, foi a única ilustradora brasileira seleccionada para a Ilustrarte.
Cadê O Cavalo?, da colecção Carimbos, foi o trabalho escolhido para integrar a exposição de Lisboa. Com um texto simples, divertido e rimado, o leitor é desafiado página a página, a descobrir o cavalo.
O livro encantou-nos. Buscámos outras páginas sobre o seu trabalho e ficamos fãs. Por entre cavalos e felizes coincidências, hoje estamos à conversa com Renata Bueno.
Renata, o que representou para ti estares presente na Ilustrarte? Teres sido a única a ilustradora brasileira selecionada?
Pra mim foi uma grande surpresa estar na Ilustrarte. Tanta gente boa ao meu lado! Diego Bianki, Javier Zabala, André da Loba... Ilustradores que já admirava e outros que passei a admirar!
No Brasil tem muita gente boa também e espero que nas próximas edições outros nomes apareçam! Foi um reconhecimento muito importante para meu trabalho.
Como se pode dar a conhecer toda "essa gente boa"? Porque se sabe tão pouco, em Portugal, da literatura e da ilustração daí? Como tentar uma maior aproximação?
Não sei! É uma pena... Tem tanta coisa boa e bonita pra conhecer! Precisamos sim nos aproximar mais. Aprender uns com os outros. Esse ano o Roger Mello conquistou o tão importante Prêmio Hans Christian Anderson e acho que começou a mostrar pro mundo muita coisa que a gente tem de bom... Ele tem cada livro lindo!
Sim, cada livro! Para além dele, que outros nomes
consideras que marcam o universo actual da literatura infantil.
Sempre amei a Eva Furnari, com um humor delicioso que não fica velho nunca... A Tatiana Belinski tem textos que são maravilhosos... Um lindo ilustrado pelo Guto Lacaz (O segredo é não ter medo. São Paulo : Ed. 34, 2008).
Quem te tem influenciado ao longo do teu percurso?
Isidro Ferrer. Uma pessoa generosa que me ensinou e continua ensinando muito. Artistas como Bruno Munari, Louise Bourgeois, Klee... Por aqui o Augusto Sampaio, Francisco Maringelli, Edith Derdyk...
No Brasil tenho amigos artistas que trocam, ensinam... A Mirella Marino, Silvia Amstalden, Edu Marin, Laura Teixeira, Mariana Zanetti, Fernando de Almeida...
Livro 2 Cores
Como Vou?
Sinval Medina, autor e segundo pai que compartilhou comigo seus textos gostosos e juntos fizemos livros que me orgulho (João e o Bicho Papão - Cia das letrinhas) (Colecão "˜Não é a mesma coisa?" - Editora do Brasil) e já já tem um novo pela Cia as letrinhas também: Cantisapos, Histocarés e Cirandefantes - Histórias para contar e cantar". Os poemas de Manoel de Barros...
Como Vou?
Sinval Medina, autor e segundo pai que compartilhou comigo seus textos gostosos e juntos fizemos livros que me orgulho (João e o Bicho Papão - Cia das letrinhas) (Colecão "˜Não é a mesma coisa?" - Editora do Brasil) e já já tem um novo pela Cia as letrinhas também: Cantisapos, Histocarés e Cirandefantes - Histórias para contar e cantar". Os poemas de Manoel de Barros...
O que te inspira no dia a dia?
Aprendo muito com meu filho que me inspira e meu marido, companheiro, artista que admiro, me estimula e ensina.
Se tivesses de escolher um livro...
"Livro das perguntas" Pablo Neruda - Isidro Ferrer
Um escritor,
José Paulo Paes
Um ilustrador...
Sara Fanelli .
Do Livro Autorretrato, publicado em 2009.