sábado, 28 de maio de 2016

quarta-feira, 25 de maio de 2016

Somos Amigos?


Um pequeno rapaz e um urso enorme são os protagonistas de uma doce e ternurenta história sobre amizade, entrega, generosidade, partilha incondicional... Somo Amigos?, da autoria da argentina Anabel Fernández Rey e recentemente publicado pela Kalandraka, é um álbum destinado aos mais pequenos onde a amizade se constrói página a página.


Dividido em duas partes,  porque esta coisa da amizade implica sempre um binómio, o texto cinge-se às perguntas que os protagonistas vão fazendo um ao outro, revelando as diferentes perspectivas e os desejos de cada um. As respostas, essas, são transmitidas pelas magníficas e expressivas ilustrações. 


- Não me quero pentear sozinho. Tu, que vês melhor aí de cima, ajudas-me?

Do feliz e delicioso casamento entre texto e ilustrações nasce uma das maiores qualidades deste livro, capaz de fazer as delícias dos mais pequenos que, sem qualquer esforço, farão as suas próprias leituras


O texto reparte-se em frases curtas, numa linguagem acessível, onde nem o tamanho da letra parece ter sido esquecido. A expressividade dos protagonistas, os gestos, as duplas páginas só com imagens, os diversos jogos conseguidos com a diferença de tamanhos das personagens são facilmente assimilados pelos mais pequenos.




Enquanto a primeira parte do livro é preenchida pelos desejos do pequeno e pela descoberta do prazer de ter um amigo tão disponível, a segunda fica por conta do afável urso e das vontades que vai formulando. 


É aqui que nos confrontamos com o facto de, muitas vezes, termos de abdicar de algo em benefício dos outros. Ainda que nos custe. Mas não é isso a verdadeira amizade? 


A entrega, a generosidade, a partilha incondicional, os pequenos gestos que fortalecem a relação e a partir dos quais se edifica a amizade. É o que vemos acontecer quando o rapaz se vê na iminência de dividir um delicioso gelado com o urso, depois de este ter comido grande parte dos legumes que ele não queria.  Ou quando o limpa e lhe trata as feridas, depois de o urso o ter penteado e mimado de outras formas...


Com uma paleta de cores suaves e cativantes, esta é uma daquelas histórias que os mais pequenos abraçarão de sorriso nos lábios. Os adultos, à sua volta, ficam a perceber a razão pela qual o livro ganhou uma menção no VIII Prémio Internacional de Compostela para Álbum Ilustrado.

sexta-feira, 20 de maio de 2016

quarta-feira, 18 de maio de 2016

Baltasar, O Grande


Baltasar era o melhor urso violinista do mundo. Não admira, pois, que fosse conhecido como Baltasar, o Grande


Mas chegou um momento em que era também o único urso violinista em todos os circos do mundo.


As vozes dos que pediam a sua liberdade falaram mais alto e uma noite, Baltasar foi libertado.


Baltasar partiu estrada fora, mas sem saber para onde ir. O urso violinista não estava habituado a ser livre. O caminho para casa, se é que existia, era uma incógnita. A viagem seria longa e dura.


Pelo caminho, houve tempo para dizer adeus aos velhos amigos, conhecer outras paragens, encontrar novos amigos.



Havia dias em que tudo parecia correr bem para Baltasar. Havia outros em que se sentia muito sozinho e perdido, com vontade de desistir... Afinal, o reencontro consigo mesmo, a busca de um lugar seguro, eram percursos de uma viagem que parecia interminável.



Uma história que destila poesia tanto nas palavras como nas belas ilustrações, que nos lembram aqui e ali, a obra do francês Eric Battut. Editado pela Orfeu Negro, o livro marca a estreia da artista plástica, designer e ilustradora sul-africana Kirsten Sims no álbum ilustrado. E que estreia!



Um livro que a autora dedica aos pais, por lhe terem ensinado "a amar os animais no seu habitat natural". Um livro que aconselhamos a todos os que, como nós, pensam que lugar de animal não é no circo. A todos os que pensam o contrário. A todos os que não têm opinião... Agora vão, acompanhem Baltasar no resto da viagem!

quarta-feira, 11 de maio de 2016

A Vaca Leitora visita os Hipopómatos

É já no próximo Sábado que a Casa dos Hipopómatos recebe a escritora Gabriela Ruivo Trindade e a ilustradora Rute Reimão para o lançamento do seu último livro, A Vaca Leitora, editado pela Dom Quixote. Contamos, igualmente, com a visita da editora Maria do Rosário Pedreira. E com a vossa, claro! O lançamento será acompanhado da inauguração da exposição das ilustrações do livro.


Já sabem que moramos nos jardins da Biblioteca Municipal de Sintra. Às 16 h, esperamos por vocês. Tragam os miúdos.  A Vaca Leitora vai surpreende-los! Palavra de Hipopómato!

sábado, 7 de maio de 2016

quarta-feira, 4 de maio de 2016

BALBÚRDIA, em casa do Pato!


Pilhas de brinquedos? Tudo espalhado sem rei nem roque? Amontoados pelos cantos do quarto, num anárquico e soberbo espectáculo de cor? Isso é... o quarto dos vossos filhos?! 


Não! É o último livro da colecção Imagens Que Contam, editada pelo Pato Lógico, que tem a assinatura de Teresa Cortez.


Indiferente à gigantesca balbúrdia que reina no quarto, um petiz dá largas à imaginação, utilizando-o como palco para as mais diversas e deliciosas brincadeiras. Lançamento de aviões, montagem de tenda, munido da indispensável lanterna, desenho... Tudo parece depender apenas  da criatividade do pequeno artista.


Mas, às vezes, as coisas descontrolam-se... E, nessas alturas,  até o mais descontraído dos petizes  se pode surpreender!


É precisamente o que acontece na nossa história, quando o rapaz  se vê perseguido por uma multidão de brinquedos(agora com rosto) em fúria. 


Uma súbita sensação de perda muda o rumo da história. E como diz o Pato, acabamos por perceber que no peito dos desarrumados também bate um coração.


Um notável trabalho de Teresa Cortez, que nos mima com uma história fantástica, pintada com uma paleta alegre e cheia de cor, que faz a criançada querer entrar pelo quarto do petiz, numa tentativa de reconhecimento de cada brinquedo. A identificação com o protagonista é grande e parece  completar-se com familiaridade do que encontram. 


Palavras para quê? Esta é uma BALBÚRDIA perfeita! Por isso, Pais, não hesitem: balburdiem-se aí em casa e colham os frutos!