terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Holocausto. Os livros da nossa memória.


Há 70 anos, as portas do inferno abriam-se. Para todos os que se tinham desencontrado da morte. Demasiado fracos para ombrear com ela, cerca de 7000 prisioneiros tinham sido deixados para trás. Moribundos, escapavam à marcha da morte que os alemães tinham iniciado dias antes. Permaneciam em Auschwitz. Como as câmaras de gás, as doenças, as epidemias e a memória de toda a espécie de atrocidades.


No dia 27 de Janeiro, o exército vermelho entrou em Auschwitz. Incrédula, a humanidade cobriu-se de horror. Setenta anos volvidos, ainda contamos com o testemunho dos que conseguiram viver para lá do inferno. Tememos pelo dia em que todos tenham partido. Porque tememos pela memória dos homens. Os mais novos já não os conhecerão. Mas não poderão ignorar que houve um tempo em que muitos meninos não puderam ser crianças.


Hoje escolhemos alguns dos muitos livros que nos ajudam a manter viva a Memória do Holocausto.


"Eu nasci em 1944. Não sei o dia. Não sei que nome me deram. Não sei em que cidade nem em que país vim ao mundo. Nem sequer se  tive irmãos. O que sei é que quando tinha apenas uns meses fui salva do Holocausto..."

A Kalandraka reedita  A história de Erika, de Ruth Vander Zee e Roberto Innocenti. De acordo com a editora, a  escolha do álbum, nesta ocasião, pretende consciencializar os seus leitores para que tal tragédia nunca mais se repita.


Uma história narrada pela voz de um pintarroxo, que se torna um companheiro inseparável de Sara no campo de concentração... 

Il Volo di Sara, de Lorenza Farina e  Sonia M. L Possentini, ed. Fatatrac. Dele falámos aqui.








"Nunca choro, 
 porque a um bebé que choramingava durante a noite
 levaram-no, e a mãe dele não pára de gritar; 
 e eu não quero que a mamã grite."

Fumo, de Antón Fortes e Joanna Concejo, ed. OQO. 
Foi a nossa escolha em 2013.






Chamava-se Anne Frank e trazia consigo um pequeno diário, prenda que recebera quando completara 13 anos,  a 12 Junho de 1942. O castanheiro viu-a chegar, nessa caminhada à chuva que seria a última que faria em liberdade. No casaco, a estrela amarela...

Les Arbres Pleurent Aussi, de Irène Cohen-Janca e Maurízio A.C.Quarello, ed. Rouergue.

Foi a nossa escolha 2014.
Uma história que se revela uma bela homenagem ao grande escritor polaco Bruno Shulz, assassinado pelos nazis. 

Bruno Il Bambino Che Imparò a Volare, de Nadia Terranova e Ofra Amit, ed. orecchio acerbo.








 


 Ilustrações retiradas, pela mesma ordem, das obras citadas.


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