terça-feira, 18 de março de 2014

Les bras de papa


Encontrámo-lo por acaso, mas não resistimos ao seu encanto. À medida que o líamos, a ternura colava-se aos dedos com que tocávamos as páginas. Com texto de Jo Witek e ilustrações de Christine RousseyLes bras de papa, rien que pour moi é contado  por uma pequena protagonista que nos vai revelando o seu amor pelo pai. 


Às palavras delicadamente rimadas juntam-se as ilustrações em relevo que, em fundo branco, fazem dos braços fortes de pai, sempre posicionados em dupla página, o elemento preponderante da história.


Sem nunca se ver a figura do pai, apenas os braços,  a pequena protagonista dá conta das transformações de que estes são capazes e das viagens que lhe proporcionam. Como que por magia,  tornam-se o ninho onde gosta de se aconchegar e se sente suficientemente forte para enfrentar qualquer perigo.


Presentes em todos os momentos, o seu herói é capaz das mais diversas proezas. É assim que, por exemplo,  na hora da piscina, encontramos um pai barco que permite enfrentar ventos e marés. Um pai  avião particular ou tapete voador que a conduz nas alturas, um pai pista de corridas onde a vitória é garantida ou um pai castelo, onde a jovem é rainha.


Um livro que, aqui e além, nos relembra o fantástico Pê de Pai, da Isabel Minhós Martins e do Bernardo Carvalho. 


E porque esta é uma viagem feita de cumplicidades, os braços do pai tranquilizam, encorajam, reconfortam ou protegem, consoante as situações vividas.


Lembrando que o amor se traduz nos pequenos gestos de todos os dias.


Au pays de l'imaginaire, tout deviant extraordinaire,
Papa se transforme en ce que je veux. C'est notre jeu à tous les deux.

Mon papa, si tu savais comme je t'adore.



E porque amanha é dia do pai, relembramos algumas sugestões aqui e aqui.

Sem comentários:

Enviar um comentário